11 de dezembro de 2007

O dia em que Tim Maia mandou a PM soltar um preso


Na platéia, presente ao Parque de Exposições Agropecuárias da Bahia, o alívio veio assim que o apresentador anunciou:

- E atenção, galera: Tim Maia já chegou!

Agora, sim! O cara já tinha chegado. Todo mundo estava morrendo de medo do cara não aparecer e ficarmos sem show, ou pior, condenados a assistir às demais apresentações previstas na noite, cujo espírito era mais, digamos, afeito ao local. Mas o Tim era o Tim e valia o ingresso. E veio o homem, com sua blusa azul brilhante e o vozeirão característico. Estavam, ele e a Banda Vitória-Régia, inspirados. Súbito, lá pela metade do show, o inevitável aconteceu:

- Banda Vitória-Régia, pára tudo, pára a música!

Pronto, pensamos. Agora, os intermináveis "Mais graves, mais agudos, mais retorno!" e lá se vai o show (aliás, diz uma piadinha que, certa vez, internado num hospital, o médico perguntou ao Tim qual era o seu estado e ele respondeu "mais grave, mais agudo, cadê a enfermeira, eu quero um médico!"). Mas, ao invés de se dirigir ao operador de som, Tim dirigia-se a uma pequena confusão surgida no meio da platéia. A polícia levava um rapaz, que se debatia. Tim interveio:

- Boa-noite! Porque é que estão levando o rapaz? Como? O quê? Um baseadinho? E é só ele que o senhor vai prender? Então, tem que prender todo mundo... ou soltar o rapaz! Bota a luz aqui em cima do rapaz!

Como primeiro efeito da luz, soltaram as mãos do rapaz e o liberaram da "gravata" que ele estava levando de um soldado. Um atônito oficial, no meio dos soldados, respondia ao Tim, visivelmente desconcertado com a súbita notoriedade que o artista lhe conferia. Respondeu, com gestos, que iria levar o rapaz. Mas era tarde. O Tim já tinha comprado a briga.

- Então, tenente, é o seguinte: ou solta o rapaz ou acaba o show aqui. E que todos fiquem sabendo que foi a PM que acabou com o show.

Em delírio, a multidão respondeu:

- TIM MAIA, TIM MAIA, TIM MAIA TIM MAIA!

E eis que a multidão vai apertando o círculo aberto em torno dos PMs, pedindo show. Com medo do que poderia acontecer, o a essas alturas desesperado tenente ordenou que o rapaz fosse solto. Do palco, Tim gostou:

- Atenção, Banda Vitória-Régia! O show vai continuar! E você, rapaz, não dá mole, não. Já viu que os "homi" querem você, cumpade! Atenção, segurança: libera a entrada do rapaz no camarim. Vai pra lá que o lugar é bom pra ver o show e depois a gente toma um uísque... guardou a ponta ou tomaram de você? Beleza, rapaz esperto... guarda ela direitinho...

E seguiu o show! O melhor do Tim Maia a que eu tive oportunidade de assistir. A todo momento, víamos, ao fundo do palco, o tal rapaz, se divertindo como nunca e, a partir daquele dia, com uma história sensacional para contar para os netos. Se é que algum dos dois conseguiu se lembrar depois do uísque. E da ponta, é claro... nem me passou pela cabeça que o Tim estivesse pensando em mandar o rapaz se livrar do flagrante...

Quem é doido de não achar o Tim Maia uma grandessíssima figura???

30 de novembro de 2007

Chora, "miséra"!


Primeiro o Vitória voltou à elite do futebol e depois o Bahia respirou após escapar do inferno da terceirona. Então, acho que já dá para arriscar contar essa história sem expor a vida de seu personagem ao risco. Era a fatídica tarde em que, abraçados, Bahia e Vitória cairam para a terceirona. Chegando em casa, meu amigo e colega de flamenguice Gabiru chegou à sua morada e encontrou o porteiro em prantos, choroso pela queda de seu Baêa. Compreensivo, humano, ele abraça o porteiro e exorta-o a olhar em volta, aproveitando a localização elevada do prédio, de onde se tem uma abrangente vista de Salvador:


- O senhor está vendo isso tudo, seu João?


Desconfiado do rumo da conversa, o bom porteiro olha aquela vista e começa a perceber que futebol era, de fato, um assunto menor diante da vastidão do mundo. Agradecido, olha para o Gabiru:


- É, bonito, né?


Ignorando os riscos (e a Convenção de Genebra, que proíbe a tortura) e levando ao pé da letra o tal do "perco o amigo mas não perco a piada", o Gabiru fulmina:


- Bonito uma porra! Tudo isso aí que o senhor tá vendo, seu João, tudo isso, é tudo terceira divisão!!! Agora chora, "miséra"!


Até hoje me pergunto como é que o porteiro não matou o cara...


Quem é doido de dizer uma coisa dessas para um torcedor fanático?

27 de novembro de 2007

O espanta-genros




Para a história fazer sentido, é preciso que, antes de mais nada, você conheça o Naldinho, um primo meu pra lá de engraçado. Para começar, de "inho" ele não tem nada. São pelo menos 180 quilos de graça, com uma barba cerrada que pode deixá-lo igualzinho ao Brutus,aquele do Popeye. E bem que ele tem seus momentos de Brutus. Esse foi um deles, narrado pelo próprio:

"Chego em casa e já vejo o carro do namorado da Soninha, minha filha, lá embaixo. Aliás, importado, o valor dava uns quatro do meu. Ela estava trazendo o cara para me conhecer. E eu já estava puto, tinha tido um dia foda, difícil mesmo. Aí, chego lá em cima e encontro o malandro com os dois pés no sofá e a cabeça no colo da Soninha. Levantou, me cumprimentou e eu nem deixei ele falar:

- Sônia, por favor, busque uma cadeira na sala.

Ela foi, buscou, sem entender nada e colocou na minha frente. Convidei o rapaz a sentar e só disse isso para ele:

- Agora, encosta as costas inteiras nas costas da cadeira. Isso! Agora, coloque os dois pés no chão. Isso! Viu? É assim que se senta na casa dos outros...

O que eu tive que ouvir da Sônia depois foi um absurdo, mas não resisti. E, de quebra, o safado nunca mais teve coragem de aparecer lá em casa! Pensando bem, até que foi bom..."




Quem é doido de ter o Naldinho como sogro?

23 de novembro de 2007

Fazendo escola


Não sei se é o caso de dizer que é um bar que, com esse nome, tem tudo para agradar ou se uso a frase de encerramento clássica:


Quem é doido de ir no Quem é Doido?

Aos que se interessarem, fica, garante uma fonte, em Lençóis (a fonte deve ser de água mineral...). Vão e me contem como é...

31 de outubro de 2007

Novas utilidades para o Capitão Nascimento


Quem assistiu a "Tropa de Elite" sabe que o Capitão Nascimento, cansado da vida agitada de policial do BOPE, abandonou a tropa e foi buscar uma coisa mais tranquila para fazer. O QED? descobriu o enredo de "Tropa de Elite 2", contando a sequência da vida do capitão.


Segundo consta, ele inicialmente trabalhou como empacotador num supermercado, mas foi demitido depois de, por distração, colocar a cabeça de um cliente dentro de um saco, junto com as compras. Ele ainda tentou se justificar dizendo que foi "a força do hábito", mas os clientes ficaram muito aliviados quando ele foi demitido.

Passou, então, por uma fase de babá, mas os pais dos meninos achavam os métodos de Nascimento um tanto quanto inovadores: os meninos eram acordados às quatro da manhã com um balde de água fria na cabeça, tinham que ficar em posição de sentido, enfiados numa lagoa até o pescoço, segurando um fuzil sobre a cabeça. Esses eram apenas alguns dos segredos do capitão para ser adorado pelos pais. O problema é que os meninos não iam muito com a cara dele. Forçado a pedir demissão após receber ameaças de morte de alguns de suas crianças, procurou outra profissão.

Professor foi sua próxima atividade. Mas ali também Nascimento não durou muito, depois de uma situação desagradável. Após perguntar quem havia descoberto o Brasil, pegou um aluno que havia respondido "Cabral" e encheu-lhe de bolachas, dizendo "Não!! Foi você, seu maconheiro!!!".

Técnico de TV foi sua próxima atividade. Seu método era único, consistindo em dar no aparelho violentos tapas e perguntar: "Cadê o defeito? Fala, seu merda!". Após quebrar metade dos aparelhos da loja sem resultados, Nascimento foi demitido. Mas que conste a seu favor o fato de que alguns aparelhos realmente falaram tudinho e deram o serviço completo, inclusive sobre os outros que se recusavam a cooperar.

Nascimento então pensou em entrar para a política. Seu raciocínio era simples: "sou treinado para sobreviver m meio aos mais sórdidos bandidos, com as mais modernas técnicas de bandidagem". Brasília, sem dúvida, seria um caminho natural, mas Nascimento teve medo. Pela primeira vez, sentiu que podia estar se metendo com um tipo de bandido perigoso demais. E resolveu mudar de vez de carreira, indo trabalhar em um lugar onde seus talentos podem ser melhor aproveitados.

O Capitão Nascimento, agora, trabalha no recém-inaugurado setor de reclamações do "Quem É Doido?". Aliás, se você tem críticas ou reclamações sobre este post, pode ligar e falar com o Nascimento... Seu merda!!!


Quem é doido de trabalhar no BOPE?

26 de outubro de 2007

Bonito, hein?


Ao ver seu caminho bloqueado por uma mulher com cara de dondoca, dentro de seu automóvel importado, estacionando seu possante bem em cima da clçada, a pequena Letícia espera que ela ponha a cabeça para fora do carro e dá o seu recado:

- Que feio, parou em cima da calçada...

Atônita, a mulher olha para a cara deste blogueiro e resolve se achar no direito de interpelá-lo:

- Mal-educada a menina, hein?

Super-tio não deixa por menos:

- Você pára seu carro em cima do passeio e ela que é mal-educada? Você devia era ter vergonha por não ter conseguido aprender o que uma criança de três anos sabe: que parar o carro em cima da calçada é errado. Se ela consegue aprender, tenho certeza de que você também conseguiria, se quisesse. Passe bem (para sorte dela, era um livro inglês que eu lia, resolvi ser um cavalheiro civilizado até o ponto de irritar...)!

E fui comprar um lanche caprichado para a minha jovem paladina da lei e da ordem. Ela mereceu!

Quem é doido de se prestar a levar uma descompostura de uma criança de três anos?

5 de outubro de 2007

Pagando pra ver

Imagine o seguinte: você está um cassino, jogando pôquer. Aliás, você é um profissional do pôquer. De repente, entra a Pamela Anderson e senta na sua mesa. Você, que não é bobo nem nada, depena a mulher sem dó nem piedade. Depois de ver a dona Pamela perder 250 mil doletas em fichas de pôquer, você faz a proposta:

- Se quiser, pode me pagar isso de outro jeito...

E ela aceita (veja notícia aqui) a proposta!!! Não sei se os favores sexuais dela valem US$ 250 mil, mas é a Pamela Anderson, afinal de contas (tudo isso que você está vendo na foto e mais o que não aparece). E tem gente que diz que jogo só traz coisas ruins para a pessoa. Nem para todas, nem para todas...
Aliás, se o cara brochar, pode sempre alegar que tratava-se de um blefe...

Mas é engraçado: vovô contava que, lá em Minas, mulher que usa favores sexuais para pagar as contas tem um outro nome... não é atriz, não...

Quem é doido de ganhar a Pamela Anderson... no pôquer?

1 de outubro de 2007

É campeão!


Em respeito à parcela feminina dos meus 13 leitores, tenho evitado o assunto F-1 neste blog, apesar de ter prometido um post mais demorado sobre o assunto. Ainda não é este. Este é só para comentar o seguinte: pela primeira vez, um piloto negro, Lewis Hamilton, chegou à F-1. E, pela primeira vez, um piloto é campeão no seu ano de estréia (fora a temporada de 1950 que, por ser a primeira, qualquer piloto que ganhasse seria campeão no ano de estréia). Um merecido tapa na cara de qualquer racista. E , aqui pra nós, que temporada está fazendo este menino! Esse vai longe, muito longe, e já entrou para a história do esporte com o pé direito! E, já que não deu pro Massa, pra mim o título está em ótimas mãos! Mereceu! Falta só confirmar. Questão de tempo, apenas. Fatura liquidada! Este blogueiro e o QED? parabenizam Lewizinho pelo feito. E por ter calado a boca do insupotável Alonso X-9 e seu dedo-de-seta.

Quem é doido de não reconhecer que o novo campeão da F-1 é um grande piloto e um cara MUITO mais gente boa que o Alonso?


Adendo em 26 de outubro: queimei a língua, tudo bem, não deu pro cara. Aparentemente, ele estava guardando toda a inexperiência do primeiro ano para as últimas corridas. E perdeu. De qualquer forma, não deu Alonso. E mantenho a previsão de que este menino ainda chega lá.

21 de setembro de 2007

Lição de geografia


E o nosso presidente, hein?

"A crise dos Estados Unidos não vai atravessar o atlântico e chegar ao Brasil".

Que não é chegado num livro, a gente já sabia. Mas a aversão se estende, tudo indica, aos mapas.

Aliás, como piada não se inventa, se recicla, diz que pegou fogo na biblioteca do Lula. Mas só queimou um livro, o outro ele ainda estava acabando de colorir...
Esta piadinha já foi de vários presidentes, mas estava encostada desde o Collor (que, apesar de tudo, pelo menos lia) e quase ganhou aposentadoria na época do FHC. Mas o Lula conseguiu colocá-la de volta no mercado de trabalho. Pelo menos um emprego...

Quem é doido de não reconhecer que o Lula é de uma inteligência... digamos, transatlântica (com forte tendência a Titanic...)?

17 de agosto de 2007

Tem alguém aí?


Estou começando a achar vocês, meus 13 leitores, muito pouco participativos.

Ninguém se habilita a comentar, não???

Só posto de novo quando tiver... digamos, 10 comentários neste post (chantagem, eu sei, mas apelei!). Portanto, se alguém aí gosta de ler, comente! Garanto que não machuca e que você poderá continuar usando sua mão normalmente depois disso. E tenho dito!

Quem é doido de um dia não se indignar com a falta de comentários?

14 de agosto de 2007

QED? também é cultura

Alguns fatos que você podia morrer sem saber (a lista é velha).
E os comentários do QED? sobre eles (a lista é nova!).

01 - O nome completo do Pato Donald é Donald Fauntleroy Duck.
Tá ótimo. Agora me conte como ele tem sobrinhos se não tem irmã...

02 - Em 1997, as linhas aéreas americanas economizaram US$ 40.000 eliminando uma azeitona de cada salada.
Depois, em 1988, eliminaram a salada da azeitona e economizaram ainda mais...

03 - Uma girafa pode limpar suas próprias orelhas com a língua.
É que, como as girafas não falam, a língua teve que correr atrás para se manter útil no mercado de trabalho...

04 - Milhões de árvores no mundo são plantadas acidentalmente por esquilos que enterram nozes e não lembram onde eles as esconderam.
Milhões de pés de maconha também... aí é que eles não lembram mesmo!

05 - Comer uma maçã é mais eficiente que tomar café para se manter acordado.
Adão já sabia disso...

06 - As formigas se espreguiçam pela manhã quando acordam.
Se acordarem... elas podem ter amanhecido com a boca cheia de formiga...

07 - Escovas de dentes azuis são mais usadas que vermelhas.
Nunca vi dentes azuis, como ia saber que tinha uma escova de dentes azuis?

08 - O porco é o único animal que se queima com o sol além do homem.
Em compensação, queimado de churrasqueira ele fica muito melhor.

09 - Ninguém consegue lamber o próprio cotovelo, é impossível tocá-lo com a própria língua.
É verdade! Preciso arrumar uma estagiária para lamber meu cotovelo!

10 - Só um alimento não se deteriora: o mel.
Já a Mel Lisboa, um dia (que ainda vai demorar, esperamos) se deteriorará...

11 - Os golfinhos dormem com um olho aberto.
É por causa das piranhas...

12 - Um terço de todo o sorvete vendido no mundo é de baunilha.
Mentira! Ontem eu comprei sorvete de chocolate e veio 100% chocolate, não teve nada de um terço baunilha...

13 - As unhas da mão crescem aproximadamente quatro vezes mais rápido que as unhas do pé.
É que elas ganharam uma mãozinha...

14 - O olho do avestruz é maior do que seu cérebro.
E o cérebro do avestruz é maior do que o do Galvão Bueno (que, aliás, é "como um queijo cremoso numa caixa de madeira")...

15 - Os destros vivem, em média, nove anos mais que os canhotos.
Quem é de direita sempre se dá melhor...

16 - O "quack" de um pato não produz eco, e ninguém sabe porquê.
É que o eco só se manifesta para quem tem nome e sobrenome. A partir de hoje, pelo menos o Pato Donald, aliás, Donald Fauntleroy Duck, terá...

17 - O músculo mais potente do corpo humano é a língua.
Em todo caso, numa briga, é melhor um três-oitão...

18 - É impossível espirrar com os olhos abertos.
Claro. A gente espirra com o nariz...

19 - "J" é a única letra que não aparece na tabela periódica.
Então ela não é tão periódica assim...

20 - Uma gota de óleo torna 25 litros de água imprópria para o consumo.
Uma gota de água torna 25 litros de cachaça impróprios para consumo, também...

21 - Os chimpanzés e os golfinhos são os únicos animais capazes de se reconhecer na frente de um espelho.
No entanto, cono não usam chapinha nem secador, não perdem hooooras com isso...

22 - Rir durante o dia faz com que você durma melhor à noite.
Quem ri por último ri melhor...

23 - 40% dos telespectadores do Jornal Nacional dão boa-noite ao William Bonner no final.
Claro. Queria que dessem no começo?

24 - Aproximadamente 70 % das pessoas que lêem este post, tentam lamber o cotovelo!
Eu não. Já arranjei a estagiária para lamber para mim...

13 de agosto de 2007

Outra da Leti

De longe, ouço alguém perguntar à Letícia:

- Quando você crescer, quer ser igual a quem?

Sem nem titubear, a resposta estava na ponta da língua:

- Meu tio!!!


Ê, bom-gosto dessa menina...


Quem é doido de não se assustar ao se descobrir modelo de comportamento?

9 de agosto de 2007

Vai um cartão de crédito aí, freguês?




A insistente moça do cartão de crédito não parava de ligar. De manhã, de tarde e de noite, era ligação tentando convencer meu pai a ter o cartão de crédito cheio de vantagens para o qual trabalhava, mesmo que ele insistisse em afirmar que não o queria e que não desejava mais ser importunado por eles. Após uma dessas ligações, ele desabafa:

- Não sei o que fazer para esse pessoal não me ligar mais.

Me prontifiquei a ajudar e o plano já se arquitetava em minha cabeça:

- Eu ajudo. Tenho sua autorização para falar por você e fazer com que eles não liguem nunca mais?

- Se é pra eles não ligarem nunca mais, tem!

Foi só esperar. Quando ligaram, atendi e confirmei ser meu pai. Ofereceram o cartão novamente:

- Ô, Fulana, que bom! Aceito, sim! Pode mandar, claro! Acho ótimo vocês quererem me mandar um cartão, porque meu banco não quer me dar um. Só porque eu estou com o nome no SERASA e no SPC...

Fulana nem sequer teve o trabalho de ser delicada. Como se o interlocutor tivesse virado um sapo de um momento para o outro, pediu (rapidíssimas) desculpas e afirmou que, nessas condições, o tal do cartão pré-aprovado estava pós-reprovado.

- Mas não dá pra dar um jeitinho, Fulana? Isso seria muito importante para mim!

Desligou. Sem a menor delicadeza. E nunca mais ninguém do bendito cartão ligou para meu pai...

Quem é doido de tentar usar argumentos de gente com tubarões?

7 de agosto de 2007

Profissão: perigo

Pensando em algumas profissões por este mundo afora, não pude deixar de agradecer a Deus pela existência do bom e velho "Lá ele!" para dirimir quaisquer dúvidas.
Vejam se vocês, meus 13 leitores, concordam comigo...


Contador: recebe o bruto, faz o balanço e extrai o líquido

Madeireiro: recebe as toras e depois leva a madeira

Seringueiro (essa é velha, mas tem que constar!): passa o dia tirando leite do pau

Juiz: vive pulando de vara em vara

Jornalista: está sempre querendo dar um furo

Corretor de seguros: vive segurando o negócio dos outros

Analista de sistemas: quando o sistema dá pau, chama que ele vem correndo

Consultor de empresas: sabe tudo o que o seu negócio precisa para crescer

Motorista de ambulância: chega fazendo escândalo e recebe um homem na traseira

Pescador: primeiro pega na minhoca e depois fica segurando na vara

Bombeiro: quando tem fogo, ele chega todo ouriçado, com a mangueira pra fora

Mágico: pra começar o show ele pega na varinha.

Chefe de torcida: só aparece quando leva um cacete da polícia

Pizzaiolo: só põe no forno a lenha

Churrasqueiro: sabe deixar uma calabresa dura bem molinha...

Médico: quando receita um remédio pra vermes, sempre diz: “É pra colocar as bichas pra fora!”

Instrutor de Auto-Escola: ensina várias vezes como se dá uma ré com jeitinho.

Sorveteiro: ganha dinheiro quando os clientes lambem suas bolas.

Artista de circo: ganha a vida no picadeiro

Capoeirirsta: vive doido pra entrar na roda.

Editor de livros : vive de brochuras.

Joalheiro: vive colocando o anel no dedo dos clientes

Granjeiro: vive de fazer pinto crescer.

Torcedor de futebol: para protestar, vira a bunda pro campo e fica gritando "Ô, ô, ô, queremos jogador!"

6 de agosto de 2007

F-1: aperitivo


Eu sei que ando meio relapso em comentários de F-1. Esclareço que o fiz a pedidos da parcela feminina dos meus 13 leitores, que não curtiam o assunto. E que sim, elas mandam! Mas as coisas que estão acontecendo (caso Stepney-Coughlan, Massa, Alondo, Hamilton, Raikkonen e etcs. afins) vão acabar por me forçar a comentar as coisas, especialmente porque "certas" pessoas (sem nomes, Gabiruvskis, fique tranquilo...huahuahuahua), viúvas que são do Burrinho Barrichello (daquele tipo que achava que o cara tinha potencial para ser campeão do mundo...), acharam por bem me cobrar sobre as previsões feitas sobre Massa. Isso pede um comentário. Mas não agora, nem hoje, que isso, como diz o Nelo "não é papo para cerveja, é papo para uísque". O assunto rendeu, rende e renderá. E voltarei a ele! Mesmo sabendo que um de meus 13 leitores é tão analfabeto em matéria de F-1 que até achava que o Burrinho ia ganhar do Schummi! Em todo caso, erscreverei aos outros 12...

Quem é doido de não aproveitar para sacanear o Gabiru?

Trocadilhos vocativos

Aceita uma pastilha, Garoto?

Essa receita leva Leite, Moça?

Me traga um café, preto.

Onde fica o Campo, Grande?

Você bebe guaraná, Caçulinha?

Como vai o departamento, pessoal?

Vamos andar na areia, fofa?

Cuidado com a tinta, fresca!

E o seu salário, baixinho?



Antes que alguém pergunte "E esse texto, sem-graça?", eu paro por aqui...

Quem é doido de trocadilhar assim?

3 de agosto de 2007

O caubói mala


Cara de mau, tipo fortão, camisa xadrez, calças jeans ultra-apertadas, cinto com fivela de cara de cavalo... não, meus caros 13 leitores, apesar da imagem que ilustra este post, não se trata de John Wayne em sua clássica pose de caubói. Esse era, em poucas linhas, o Clóvis, “o novo estagiário da criação”, segundo a secretária da diretoria. Com o adendo de que “é filho de um grande amigo do patrão”.
Se por um acaso vocês pensaram que o cara era bronco só por causa desse visual, acertaram. Quem seria bastante doido de sair na rua assim em plena BH, ir para o trabalho assim? O Clóvis era. Ele também gostava de falar de cavalos e bois, dava tapas nas costas de todos e falava altas baixarias na frente da diretora de criação, algumas de cunho evidentemente machista, outras de cunho sexual. Entre outras. Em suma, uma mala! O sotaque do interiorrrrrr completava o quadro que se apresentava a nós da criação que, junto com o estúdio, éramos os responsáveis pelo trote dos calouros. Mas estávamos de mãos atadas, o cara era “filho de um grande amigo do patrão”, afinal. Mas eis que ninguém senão o próprio patrão, entrando na sala numa hora em que o bravo caubói não estava lá, nos pergunta com sua proverbial ironia:

- Como é que vocês estão aguentando aquela mala do Clóvis? Cada churrasco que eu vou na casa do pai dele eu fico impressionado como ele é chato. Tô impressionado de vocês não terem dado um trote nele ainda...

Nem precisa falar, né? Nos cinco minutos seguintes, o trote já estava bolado: íamos pedir ao Clóvis para buscar a clássica retícula líquida (glossário: retícula, meus leitores que não fizeram a besteira de se meter em propaganda, são aqueles pequenos pontinhos que formam a imagem nos jornais, por exemplo; quanto maiores os pontinhos, maior a retícula e mais distante a pessoa terá que estar para enxergar com nitidez a figura, sendo, portanto, logicamente impossível obter retícula na forma líquida) nos nossos aliados da gráfica que funcionava no edifício em frente: dávamos retícula líquida aos estagiários deles e eles aos nossos. Avisamos que estávamos enviando um candidato ao prêmio Bobo do Ano e esperamos. Logo tocava o telefone:

- Gente, que babaca é esse que vocês mandaram? A gente ia dar um galão de vinte litros pra ele quando vocês disseram que ele era forte, mas a gente achou ele tão mala que vamos mandar logo dois. Vão pra janela aí, pra vocês verem. Ele saiu daqui bufando, são quarenta quilos de água!

E lá fomos, nós, todos nós, até a diretora de criação, para as janelas, ver aquela peça atravessando a rua a passos lentos, arrastados, sofridos, parando a cada cinco metros para descansar os braços. Para completar a maldade, desligamos o elevador. Ele subiu quatro andares de escada até a criação e, chegando lá, colocou triunfante os dois galões no chão para nos dizer, sem entender porque todos ríamos tanto:

- Agora quero ver se vai precisar disso tudo, mesmo. Eu achei exagero... Vocês me devem um favor, hein?

Até hoje, escrevendo essa história, eu rio quando lembro...

Quem é doido de aguentar o Clóvis?

2 de agosto de 2007

Esquecida


Minha mãe esquece tudo. Ora, dirão alguns entre meus 13 leitores que conhecem a figura, isso é o óbvio. Sim, é o óbvio mas é preciso fazer o comentário porque podem não conhecê-la ou achar que ela melhorou com o tempo. Lá nos distantes anos em que as Brasílias amarelas ainda nem sonhavam em ser imortalizadas em canção, minha mãe tinha uma dessas. E nunca cedeu aos apelos de meu pai para que pusesse aquela travinha que não deixava abrir o quebra-vento (Ave Maria, quebra-vento, isso é velho pra dedéu, atualmente o engenheiro que propuser carro com quebra-vento volta para a escola...) por fora. O motivo, prosaico, é que ela sempre esquecia as chaves do carro na ignição e tinha que arrombar com uma faca ou chave de fenda. De fato, isso era tão comum que, na escola onde eu e minha irmã estudávamos, o pessoal da cozinha já conhecia minha mãe. Era só ela aparecer por lá que já gritavam:

- Ô, fulano, pega uma faca aí que a mãe do Marcelo esqueceu a chave dentro do carro de novo!

Numa dessas, ela estava apressadíssima, esqueceu a chave (claro), buscou a faca e, num serviço de mestre, arrombou a janela do carro e, sentando-se no banco do motorista, pôs-se a arrumar o espelho retrovisor até que nele apareceram duas crianças, com olhos arregaladíssimos, assustados. Minha mãe, que nunca dá o braço a torcer, vira-se com toda a delicadeza e fala aos dois:

- Queridos, será que vocês não erraram de carro?

- Não, tia, foi você que errou. Seu carro é aquele ali...

Ela havia arrombado outra Brasília. Branca! E com dois meninos sentados no banco de trás!

Quem é doido de arrombar um carro com gente dentro?

1 de agosto de 2007

Merchandising

Graças à chegada do prometido boné, acompanhado de inesperada camiseta, tudo dentro de uma linda latinha em forma de pneu de F-1, Paulo Nikolaus Lauda ganha centenas de pontos com este amigo e o direito de anunciar o Grupo Uzêda quando quiser neste blog! Até porque eu só deixaria anunciar produtos/serviços que eu consumisse. E, se morasse em Sampa, não ia deixar outro mexer no meu carro.

Pronto, merchan feito, neste ponto voltamos com a nossa programação normal...

Quem é doido de não agradecer o bom e velho Nikolaus por esse presente?

31 de julho de 2007

Errata

Paulo Nikolaus Lauda protesta pelo post anterior por eu tê-lo comparado a Piquet. Segundo ele, Piquet somou 29 pontos apenas, enquanto ele somou 130! Pena que não é campeonato, senão ele ganhava do Nelsão...

Dá-lhe, Nikolaus!

Quem é doido de andar de carro com o Paulo?

Nas suas férias, conheça um Keystone!


Perguntado sobre onde gostaria de passar suas férias, o diretor de arte não hesitou:

- Num Keystone!

E se você, um de meus 13 leitores, não domina fluentemente o jargão da propaganda, explico: Keystones são os livros de referências fotográficas, onde os publicitários encontram aquelas fotos de famílias de comercial de margarina, lugares lindos, gente sorrindo. Todos ficaram surpresos. Mas como, num Keystone?

- Num Keystone, ué! Que outro lugar do mundo é assim: só tem gente bonita, os lugares são paradisíacos, os médicos têm os melhores equipamentos, todo mundo é sorridente, não tem pobre, não tem ladrão... o Keystone é o paraíso!

Infelizmente, viagens para Keystones não faziam parte de nenhum pacote turístico consultado pelo sujeito. Fica a sugestão para as agências de viagem.

Quem é doido de passar as férias num Keystone?

Finalmente!!!


Não sei se sabem meus 13 leitores, mas o tricampeão mundial de Fórmula-1 Nélson Piquet está tendo aulas de reciclagem no DETRAN de Brasília. Depois de ter perdido a carteira de motorista por excesso de pontos perdidos, Nélson terá que fazer o curso para poder voltar a dirigir. Obviamente, não se trata de aprender a conduzir um carro, assunto no qual o professor não poderia ser outro senão o próprio. Trata-se apenas de aprender umas coisinhas básicas sobre legislação e, quiçá, a correta interpretação de algumas placas, notadamente as de estacionamento proibido e as que informam sobre a velocidade máxima permitida.
Não pude deixar de pensar no meu amigo-de-fé-irmão-camarada Paulo Nikolaus Lauda, cujo ídolo sempre foi o Piquet. Pois não é que, finalmente, ele pode se gabar de estar dirigindo igual ao cara? Dá-lhe, Nikolaus!!!


Quem é doido de não aproveitar a oportunidade para sacanear o Paulo?

30 de julho de 2007

Ela merece!!!



Rufem os tambores, espoquem os champanhas, faça-se a alegria!
A pequena Letícia (fazendo cada vez menos jus a ser chamada de “a pequena”) faz aniversário.
E este tio completa seu terceiro ano na função.
À Letícia, além dos parabéns, um muito obrigado: mais do que me transformar em tio, ela transforma meu mundo em felicidade!

Juiz doidão!


Ê, mundo véio sem porteira... nos EUA (onde mais?), um juiz condenou um homem, acusado de abordar prostitutas na rua (o que é ilegal por lá; donde se imagina onde será que é legal abordá-las, será que é em casa?), a se vestir de galinha e sair pela rua pedindo aos passantes que não freqüentassem o “Galinheiro”, apelido de um famoso bordel da região. Isso mesmo, o cara foi condenado a se fantasiar de galinha e a difamar um puteiro!

O juiz, Michael Cicconetti, tem fama de arbitrar penas estranhas aos que julga: uma mulher que havia abandonado seus gatinhos (pequenos felinos, entenda-se...) foi condenada por ele a passar uma noite inteira no meio do mato, no escuro, sozinha, pra aprender como isso é bom. Um homem que havia chamado um policial de porco foi condenado a ficar o dia todo em uma esquina, ao lado de um porco de verdade, com um cartza onde se lia “Este NÃO é um policial!”. Criativo, muito criativo.

Eu ia até falar alguma coisa sobre esse juiz, dizer que isso é coisa de americano, mas aí me lembrei do juiz Lalu (que, aliás, deve voltar para uma cela, até quando ninguém sabe), do Rocha Mattos e dos desembargadores que ganham salários maiores do que a lei permite. Melhor não falar nada... Por mais estranho que seja, pelo menos esse faz o trabalho dele... Lembra até um velho ditado jurídico: "de bunda de nenê e cabeça de juiz, nunca se sabe o que vai sair".

Quem é doido de não imaginar o que um juiz desses ia aprontar no Brasil?

27 de julho de 2007

O incansável


A viagem para Mangue Seco foi turbulenta. A Linha Verde, orgulho do ecoturismo, ainda estava sendo concluída (descobrimos isso a duras penas, na volta, sendo obrigados a contornar longas distâncias por causa de pontes que ainda não haviam sido construídas. Somos pioneiros da Linha Verde, atravessamos ela toda antes de ser concluída!) e o caminho natural era através da BR. Estrada congestionada, a já citada chuva e a pressa de chegar logo a Esplanada e pegar o último barquinho para Mangue Seco tornaram a viagem tensa, cansativa. Perdemos, afinal, o último barquinho e, ao chegar a Esplanada, descobrimos que teríamos que pernoitar lá. Um certo anticlímax, já que a intenção era dormir já no destino final, Mangue Seco. Mas, se a vida nos dava limões, pensávamos em como fazer mais gostosa a nossa limonada e acertamos com uma Dona Maria o aluguel de uma casa para passar aquela noite. Mas se a noite na casa da Dona Maria chateava três de nós, ao inabalável Renatinho não dizia nada. Mesmo humor, mesma disposição, mesma “pilha” de sempre. Nem bem largamos no chão as sacolas, já estava o Renatinho a propor coisas e mais coisas para fazermos, sem deixar ninguém protestar que estava com sono, fome ou qualquer outra coisa. Quando já dormiam as meninas e eu quase fazia o mesmo na rede da varanda, eis que chega o incansável com um berimbau na mão e cara de mãe que manda os filhos estudarem no sábado:

- Marcelo, o batizado da capoeira é no próximo mês! Já aprendeu os toques? Já aprendeu as músicas? Já sabe o que vai cantar no dia?

E, sem esperar resposta, já foi empurrando o berimbau em minhas mãos e começando uma das ladainhas que cantávamos nas rodas de sexta. A esta seguiram-se outras, muitas outras e, quando percebemos, já eram quase duas horas da manhã. Lembrando que tal agitação noturna com palmas e toques de berimbau não devia ser normal em Esplanada, recolhemos o material e fomos dormir, para pegar o barquinho e atravessar para Mangue Seco de manhã.
No dia seguinte, tudo correu bem. O café foi agradável, a travessia, tranqüila; achamos logo uma pousada, nos instalamos e, às 10 horas da manhã, já estávamos na praia. Lá pela hora do almoço, sentávamos em uma barraquinha para cervejas e um dolce far niente quando vimos uma figura familiar se aproximando: era o Gil, um conhecido nosso, que por lá estava. Chamamos o Gil para a nossa mesa e ele, com seu bom-humor habitual se achega e começa a conversar.: “e aí?”, “tudo bem?”, “chegou faz tempo?” e essas perguntas que a gente faz quando encontra alguém por acaso. E o Gil:

- Putz, cheguei ontem, mas perdi o barquinho.

- Nós também!

- Aluguei uma casa para passar a noite. Com uma tal Dona Maria.

- Nós também!

- Mas duvido que a casa de vocês fosse que nem a nossa! Vocês não vão acreditar: lá pelas onze horas, uns filhas-da-puta na casa ao lado começaram a cantar umas músicas de capoeira, um negócio horrível, com um berimbau desafinado e batendo palmas! Um inferno, uma tortura! Só pararam lá pelas duas da manhã!

Coitado do Gil. Demorou um bom tempo (em que ele não entendeu nada, diga-se) até a gente conseguir parar de rir e explicar pra ele a identidade dos vizinhos cantores...

Quem é doido de alugar uma casa bem do lado do incansável Renatinho?

26 de julho de 2007

Sem comentários

Maldade


Agora é oficial: a queda do vôo da TAM foi causada por falha humana. Culpa de 60 milhões de pessoas que não sabem votar...

24 de julho de 2007

Apagão


Calma, calma, meus 13 leitores: não se trata de aeroporto ou de usina hidrelétrica. Trata-se apenas da chama da pira pan-americana que, ao que tudo indica, apagou. É, é isso mesmo: apagou. Veja a foto! O comitê (des)organizador disse que ela estava ligada, sim, só que estava no mínimo. Sei...Chama com controle de altura... Já deviam estar imaginando o churrasquinho de depois quando pensaram nisso. Podiam ter criado a primeira chama Pan-americana de seis bocas da história, com forno auto-limpante e acendimento automático, o que pouparia aquele cansativo revezamento para conduzir a tal da tocha. Depois do Pan, poderia até ser vendida a uma cozinha industrial.
Vamos fazer o seguinte: a gente arruma as malas, vai indo nessa e o último a sair apaga a luz, porque depois de querer organizar um Pan e não ter competência nem pra manter acesa a pira, símbolo máximo do evento, só resta buscar as célebres palavras do Bruno Amado, ex-colega dos tempos de colégio: “Fudeu Maria Preá!”. Vamos decretar falência e nos mandar...

Quem é doido de não conseguir nem manter acesa a chama do Pan?

23 de julho de 2007

Ah, vai cagar!

Na minha janelinha para o mundo, a máquina de fazer doido, tenho visto cada vez mais comerciais que prometem fazer você ir ao banheiro, fazer seu intestino funcionar, etc. O que são meros eufemismos para dizer que você vai, no bom português, cagar! Ora, dirão meus 13 leitores, cagar? Sim, isso mesmo, atualmente há uma leva de produtos que vão de comprimidos a iogurtes prometendo fazer com que você desempenhe com desenvoltura as suas funções fisiológicas (pensei em ser fino, mas não resisto a comentar que esse é um excelente eufemismo para... cagar... adeus, finesse!). Aí, novamente dirão meus 13 leitores: mas isso não é o normal? Sei lá, também pensei que era, mas vejo que devo estar enganado. Pelo visto, defecar, cagar, soltar um barro, passar um fax, fazer um download, arriar, adubar a terra, fazer cocô ou como quer que você chame, é a exceção, não a regra. Para poder ir ao banheiro, as pessoas já lançam mão de produtos industrializados e, daqui a pouco, acabaremos por ter testes antidoping para saber se o “desempenho” da pessoa é natural ou estimulado por substâncias proibidas. Mas acho que isso é necessário. É preciso que o brasileiro volte a poder cagar normalmente. Todos, sem exceção. E, uma vez que estejamos todos novamente cagando bem e normalmente, poderemos então escrever ao nosso presidente e pedir a ele que pare de fazer isso por todos e comece a governar o país. Que parem as cagadas em cima de cagadas que ele vem fazendo e comece a resolver os problemas do País. Porque para fazer cagadas não é preciso mais que um iogurte ou comprimido. Para ser Presidente do Brasil, sim!

Mais um post da séria série que eu não ouso ilustrar...

Quem é doido de não achar que este (des)governo está demais?

Mão santa, boca suja


O colunista de Veja André Petry fala, na sua coluna desta semana, de Oscar Schmidt, grande jogador de basquete, o nosso “mão santa” que tantas alegrias deu ao esporte brasileiro. Em suma, horroriza-se com o fato de Oscar, como torcedor neste Pan, não possuir as mesmas qualidades de esportista que o fizeram famoso em Pans de outrora, torcendo para o insucesso dos adversários quase tanto quanto pelo sucesso verde-amarelo, como, por exemplo, gritando às ginastas chilenas “Vai cair, Chile!”.
Apesar de também concordar que a atitude é anti-desportiva, indigna até, não vejo tantos motivos para se assustar com isso desde que vi uma entrevista do Oscar dizendo que faz questão de viajar para o exterior todo ano e de ir sempre para a Disney, já devia ter ido umas vinte vezes recentemente. Fala sério, André, como é que você espera atitude diferente de um cara que só viaja para a Disney? Era de se esperar que ele aprendesse alguma coisa com o Pateta durante essas visitas...

Quem é doido de viajar vinte vezes para o exterior, todas para a Disney?

Entrega expressa


Cobrando de meu compadre Paulo Nikolaus Lauda o envio de um regalo há muito prometido, um boné da Bridgestone (que poderia fazer um depósito em minha conta em troca deste merchandising espontâneo...), recebo do dito-cujo a seguinte resposta:

"Não se preocupe, já enviei pela TAM Express".

Confesso que fiquei sem saber se é verdade ou se era uma maneira sutil de me dizer que não receberei mais o mimo...

Vamos esperar pra saber.

Quem é doido de não se preocupar com sua encomenda na TAM Express?

19 de julho de 2007

Velhinha

Cumprindo meu dever de contador de histórias para minha adorável sobrinha, Letícia, deixei que ela escolhesse as histórias que queria ouvir. Como de hábito, ela fez questão de pegar TODOS os livros e trazer. Quando finalmente chegou com a última leva deles, fez cara de cansada e me disse, com a mão na cintura:

- Tô ficando velha...

Sem dúvida, deve ter sentido o peso de seus dois, quase três anos. Não é fácil, não!


Quem é doido de não se divertir com essa menina?

Satisfação garantida

Vocês se lembram, meus 13 leitores, de quando eu avisei que era pra ter cuidado quando quisesse ser engraçadinho, pois podia ter outro engraçadinho do lado de lá (veja o post "Engraçadinho", de 20 de abril de 2007)? Pois é, hoje, durante visita ao prédio onde funciona uma loja/escritório da TAM em Salvador, dividi o elevador com uma de suas funcionárias. Um outro cara que estava no elevador perguntou a ela:

- E aí, está tendo mais cancelamentos ou mais mudanças de Congonhas para Guarulhos?

Olhando para o cara de cima até embaixo, a mulher faz cara de superior e larga essa:

- Nenhum dos dois, nossos passageiros continuam extremamente satisfeitos!

Não resisti e meti minha colher na conversa:

- Pelo menos os que chegam vivos ao destino, né?

Dessa vez, ela não respondeu nada... não contava com este blogueiro-engraçadinho!


Quem é doido de falar em “passageiros satisfeitos” depois de perder mais de 180 deles num acidente?

Pan-demônio


Agora sim, esse Pan começa a ter cara de Brasil! Mais de 10 funcionários da Vila Pan-Americana – pessoal da limpeza e camareiras - foram demitidos por furtos nos alojamentos dos atletas. Tênis, celulares, roupas e uniformes de competição, além de grana, é claro, foram os souvenirs preferidos pelo pessoal. Segundo a notícia, até uma torre de computador tentaram levar. Mexicanos, cubanos e os sempre vacilões americanos foram as vítimas preferenciais (quando começam a roubar cubano é porque a coisa tá feia...), embora um jamaicano e um cara de Trinidad e Tobago (como é que se chama o habitante de Trinidad e Tobago, qual é o gentílico? Trinidadense? Trinidad-tobaguense? Pois pasmem, meus 13 leitores, ele chama-se trinitino, disse-me o oráculo Google após pesquisa em que não foi fácil achar a resposta) também tenham levado um “perdeu” da galera do Pan.
Aqui pra nós, queriam o quê, marcando um evento desses logo no Rio?

Quem é doido de ainda se assustar com roubos e furtos no Rio?

18 de julho de 2007

O dia em que o Dr. Olavo desistiu de voar


Corriam os anos... os anos.. ah, sei lá, só sei que faz tempo, os aviões no Brasil ainda eram a hélice e viagens de avião ainda estavam longe, muito longe de poderem ser consideradas coisas corriqueiras. Devia ser 1940, 1950, por aí. No aeroporto da Pampulha, um jovem jornalista preparava-se para sua primeira viagem nessas grandes máquinas voadoras, com destino ao Rio de Janeiro. Pouco a pouco, a fila para embarcar no avião ia diminuindo e ele ia vendo a porta da aeronave ficar maior à medida em que ia chegando a sua vez. Uma grande angústia começava a fazer com que ele ficasse nervoso. Finalmente, quando se viu frente a frente com a comissária, naquela época ainda chamada de aeromoça, tomou uma decisão radical:

- Tó, pode ficar com esse tal cartão de embarque que eu não vou entrar nesse troço, não!

E, de fato, não embarcou. Em casa, ouviu a notícia de que o avião onde deveria estar caiu e matou todos os seus ocupantes. Tomou um medo de avião que só foi superado muitos anos depois, já na época dos Boeings, antes do apagão aéreo, com a mui nobre finalidade de conhecer Paris (para Henrique IV, Paris valia uma missa; para ele, valeu um vôo de avião...). E morreu velhinho, mais de meio século depois disso, com os dois pés bem firmes no chão. Era meu avô. Graças a este pressentimento que ele teve, hoje este blogueiro tem mãe, filha do então jovem jornalista, e pode escrever para seus 13 leitores. Lendo as histórias de alguns passageiros que escaparam de voar no fatídico avião da TAM que este insensível confesso transformou em piada no post anterior, lembrei-me que também eu devo a uma dessas coincidências o fato de estar aqui, vivo. Bendito pressentimento o seu, Vovô! Quem dera ontem todos tivessem tido um pressentimento que pudesse salvar suas vidas...

Quem é doido de não ter uma saudade danada do "doutor" Olavo, que escapou de um desastre de avião para se tornar um grande avô, grande pai e grande homem?

Pan X TAM

Se o Rio estava roubando as atenções com o Pan... São Paulo responde com o TAM.

Impressionante o que essa cidade não faz para não ser passada para trás pelo Rio...


Pronto, podem me xingar de insensível! Mas o trocadilho foi inevitável... E, entre Pan e TAM, a gente vai esquecendo (embora eu espere que não!) o Renan...

16 de julho de 2007

Informação


Grande fã do Papa João XXIII quando vivo, o sujeito não quis perder a chance de conhecer o local onde estava sepultado aquele pontífice durante sua visita ao Vaticano. Foi logo saber onde era o túmulo:

- Signore, dove é Giovanni XXIII (senhor, onde está João XXIII)?

O funcionário (italiano, claro) não titubeou:

- Giovanni XXIII? É morto, signore!

Pergunta idiota, resposta imbecil...

Quem é doido de fazer uma pergunta dessas logo a um italiano?

5 de julho de 2007

O cão e o peão


Quando chegou para um trabalho de pintura na casa de César, o pintor olhou para aquele cachorro e teve medo. Aliás, se o superlativo canzarrão fosse ilustrado no dicionário, aquele enorme fila brasileiro poderia certamente estar retratado ao lado do significado. Meio sem jeito, perguntou se o cachorro era manso. Ora, se era! O mais manso cão do mundo, brincasse com ele, passasse a mão para ver se o cachorro fazia alguma coisa. Morrendo de medo, passou. O cachorro abanava o rabo e revelava aquela atitude tão típica dos cães preguiçosos, que se deitam e deixam acariciar por quem quer que seja. Passou até a gostar do cachorro. Impressionado, perguntava como podia tamanho cão ser tão manso. Ensinado, diziam. Treinado para ser manso com todos, menos com o engraçadinho que se atrevesse a pular o muro da casa. E, quanto mais avançava a pintura da casa, mais o cachorro e o pintor se davam bem. Até que a pintura da casa chegou ao muro. Fazendo a maior festa no cachoro, o pintor sobe na sua escadinha e pinta a parte superior do muro, sob os olhares preguiçosos do amigo canino. Quando ia começar a descer a escada para pintar a parte de baixo, percebeu uma mudança de atitude no até então amigável cão. Ele rosnava e mostrava os dentes, em atitude que não deveria ser menosprezada. Lembrou-se então que o cachorro era treinado para não deixar ninguém descer do muro... e lá passou a tarde, entre tentativas de negociação com o cachorro (sem sucesso, exceto atiçar ainda mais o animal) e todo tipo de impropério contra aquele cahorro que, na verdade, era um grande burro que não percebia a diferença entre ladrão e pintor e que era amigo até pouco tempo. A longa tarde acabou com a chegada do César, que acalmou o cachorro com dois gritos e o pintor com bem mais do que dois copos de sua pinga de alambique.

Quem é doido de tentar descer do muro com o cachorro do César por perto?

28 de maio de 2007

Aviso às futuras gerações


Semana passada eu fui ao médico para retirar dois pequenos sinais que tinha na pele e que eram alvo de constante atenção de Letícia, minha sobrinha, que ficava curiosíssima de ver e mais ainda ao saber que o médico ia "abrir o tio para tirar". Adorava ouvir como isso seria feito. Até que, um belo dia, ela pergunta, apontando:

- É o sinal do tio, né?

- É, Leti. O médico vai tirar.

- Vai abrir o tio e tirar, né?

- É, Leti. Ele vai abrir o tio e vai tirar o sinal.

- Vamos pegar a faca e tirar agora?

Eu, que não sou bobo nem nada, achei melhor marcar logo a cirurgia e retirar os dois sinais antes que Leti fizesse isso.
E, cumprindo meu dever cívico, aviso aos engraçadinhos do futuro que brincar de médico com minha sobrinha pode ter consequências um tanto quanto nefastas...

Quem é doido de não ser doido com uma sobrinha dessas?

17 de maio de 2007

... outra na ferradura

Mas para não sermos injustos com os hermanos argentinos, temos que reconhecer-lhes os méritos, até para que este blogueiro não se torne alvo de atentados de grupos organizados de argentinos vingativos: em literatura, vinhos, carnes e futebol de clubes (DE CLUBES!) eles são, inegavelmente, mais entendidos que nós (no futebol de clubes, estamos encurtando a distância, mas só nisso). Além de serem também celeiro de lindíssimas mulheres, mas nisso não são melhores que nós, no máximo são tão bons quanto. E também de serem a pátria de uns caras bacanas que aparecem de vez em quando, como o general Augustín Justo, ex-presidente argentino, que, desolado com a posição francamente pró-nazista de seu país durante a II Guerra Mundial (a Argentina, declarou guerra à Alemanha nazista apenas dois dias antes dela se render formalmente... assim, até eu!) e sabendo que o Brasil declarara guerra à Alemanha, à Itália e ao Japão, escreveu ao governo brasileiro, declarando que, na condição de general honorário do Exército Brasileiro, colocava sua espada à disposição do Brasil, fato que aprendi esta tarde, durante leitura de "A FEB por um Soldado", de Joaquim Xavier da Silveira (recomendo!). A César o que é de César! Paz, hermanos!

Quem é doido de não reconhecer que também tem coisas muito boas na Argentina?

Uma no cravo...


O príncipe Harry, filho do orelhudo do Charles e da Diana, sempre mereceu a admiração do QED?. Primeiro, por ser a ovelha negra da família. E o QED? tem uma especial predileção pelas ovelhas negras. Depois, porque, por ser o segundo de sua geração na linha de sucessão (ele é o terceiro no geral, depois do pai e do irmão William), pode fazer e dizer coisas que seu irmão, por força do cargo, não pode. E é lógico que a ovelha negra não ia fazer como o resto da família e se alistar na marinha britânica. Harry preferiu o exército. Como tenente do Real Exército Britânico, ele comanda um esquadrão de tanques de reconhecimento, o que, para os que não sabem, o transforma no primeiro a ir para a linha de frente em uma batalha, justamente para fazer o reconhecimento do terreno e do inimigo. Em virtude de tão alarmante possibilidade, o Estado-Maior resolveu que seria um risco excessivo mandar Harry para o Iraque, como estava programado, que seria perigoso demais. O príncipe fica na Inglaterra.

Me lembrei, então, das imagens de seu tio, o príncipe Andrew, que, durante a Guerra das Malvinas (que, na verdade, são as Ilhas Falklands, já que cabe ao dono batizar a terra...) pilotou um helicóptero, inclusive em missões arriscadas.

O que nos leva a concluir o seguinte: iraquiano é perigoso. Já argentino...

14 de maio de 2007

Que sinuca!!!


Um fato que talvez seja uma novidade para os meus 13 leitores é a minha grande habilidade em transformar em verdadeiro espetáculo uma simples partida de futebol. Basta para isso que eu me recuse a participar dela, o que é sempre uma grande contribuição ao bom futebol. Isso dito, para descrever as minhas habilidades na sinuca basta dizer que eu consigo ser ainda pior do que no futebol. Dá pra ter uma idéia? Pois retire um tanto de habilidade dessa idéia que deu pra ter e você estará se aproximando da verdade. Por isso, naquela distante noite, há mais de 10 anos, não era surpresa nenhuma eu estar afundando a dupla da qual fazia parte. Do outro lado, rindo muito e se gabando, estava o Valney, que havia descoberto a sinuca há pouco tempo e havia sido abençoado com um certo jeito para o esporte. Tanto que ele já havia até mesmo investido num taco particular, desmontável, de madeira nobre e acondicionado em um bonito estojo-maleta também de madeira nobre. Em suma, uma frescurada que já havia chamado a atenção dos demais jogadores do salão, tamanha a onda que o Valney tirava. Lá pelas tantas, me vendo em posição de sinuca, com a bola branca a alguns milímetros do buraco do canto e outra bola que não a da vez a bloquear-lhe a passagem, sem deixar em nenhum dos lados espaço suficiente para a passagem da branca, fez pose de campeão e declarou, em alto e bom som, sem se preocupar com a presença, ao nosso lado, de alguns transeuntes que assistiam à partida:

- Se você conseguir sair dessa sinuca, vale qualquer aposta...

Consciente de minhas habilidades, declinei da proposta:

- Vou apostar não, Valney. Se além de mau jogador eu ainda fosse burro, tava lascado...

- Pois vale o seguinte: um realzinho seu, se não conseguir sair. Se você conseguir, sei lá... digamos, eu meto este taco novo no meu cu.

E me perdoem as mais sensíveis leitoras (e algum mais sensível leitor...), mas a aposta, nesses termos, não deixa margem a floreios linguísticos. O Paulo Canelius ainda brincou:

- Que é isso, cara? Não se aposta coisa séria...

- Aposto sem medo. Essa não tem como ele acertar!

Se você, imaginativo leitor, imaginou que eu acabei por acertar a bola, está correto. Por uma dessas coisas sem explicação lógica, a bola subiu, passou por cima da branca e tocou, calmamente, na bola da vez, o que colocaria o Valney em posição terrível caso houvesse entre nós alguma intenção de fazê-lo cumprir a aposta, o que, obviamente, não era o caso, ninguém tinha a intenção de vê-lo executar a manobra proposta e nem sequer de fazê-lo cumprir a promessa em particular. Por gozação, um dos transeuntes que assistiam à cena resolveu provocar o Valney, dando-lhe uma palmadinha no ombro. Ah, mas pra quê? Achando que seria a senha para que o agarrássemos e fizéssemos com que ele cumprisse o trato, deu no sujeito um violento empurrão e saiu correndo pelo salão, deixando para trás seu novo taco, estojo, os amigos que chegaram com ele e, principalmente, a dignidade. Entrou correndo no carro e saiu às carreiras, cantando pneu. Ouvimos rapidamente a voz dele gritando "jamais!". Mas ninguém conseguiu parar de rir para explicar a ele que, embora fosse um merecido castigo pelo excesso de confiança, não seria daquela vez que ele seria obrigado a encarar um taco de sinuca de costas...

Quem é doido de fazer uma aposta desas?

23 de abril de 2007

Classificados


Troco Porsche último tipo ou Ferrari com pouco uso por um Gol 1000. Negócio urgente!
Interessados, tratar com Romário...

Quem é doido de aguentar essa novela desse gol que não sai? Aliás, o do Pelé não demorou tanto... e veio BEM antes dos 41 anos...

20 de abril de 2007

Engraçadinho...


Corriam os anos de chumbo e, encarcerada em uma cela de um dos nefandos DOI-CODIs, por suspeita de "atividades subversivas", se encontrava praticamente toda a redação d'O Pasquim. A certa altura, chamando o militar que servia como carcereiro, resolveram exigir seus direitos. Argumentaram, cobertos de razão, que tinham, todos, curso superior e, portanto, tinham direito a prisão especial. Pediram que o rapaz fosse procurar seus superiores e dar jeito na situação. Afinal, lei é lei.
Militar disciplinado, seguiu a cadeia de comando e foi procurar seu superior. Minutos depois, retorna com uma enorme cartolina e prende na porta da cela onde os pasquinianos esperavam. Em letras garrafais, dizia a cartolina: "PRISÃO ESPECIAL".
Problema resolvido... *

O mal de querer ser engraçadinho é que pode sempre ter outro engraçadinho do lado de lá... mesmo que de farda!

Quem é doido de não reconhecer que a contra-piada foi sensacional?

*Episódio narrado por Ronaldo Costa Couto em seu indispensável livro "História Indiscreta da Ditadura e da Abertura no Brasil", que eu recomendo enfaticamente e de cujo trecho descaradamente me apropriei...

29 de março de 2007

"Um formigamento por dentro"


Corria o já distante ano de 1997 e, em um domingão de sol em BH, disputávamos espaço no sofá eu, o Dino e o Frederiech, enquanto na pista de Jacarepaguá eram disputadas as 400 Milhas do Rio, evento de estréia da F-Indy no Brasil. Lá pelas tantas, passava um daqueles vídeos do piloto falando sobre a prova, que entrava em um quadradinho no canto da tela quando a prova estava muito chata. Como o líder era o André Ribeiro, tome-lhe vídeo do André falando. E eis que o olho de lince do Fred pega o detalhe:


- Ih, esse cara escorrega...


A declaração suscitou polêmica:


- Quiquié isso, Fred, o cara é piloto. Já viu viado em automobilismo?


- Imagina, Fred, o cara ia ser execrado...


Nada convenceu Frederiech, o Obstinado, do contrário. O cara escorregava, para ele estava claro e não importavam argumentos em contrário:


- Escuta a vozinha do cara! Isso é voz de homem?


Lembramos a ele que o Senna também não convencia pela voz, mas não teve jeito:


- Outro boiola...


O Fred foi verdadeiramente massacrado por uma série de argumentos que provavam, na minha opinião e na do Dino, que automobilismo não era definitivamente um meio adequado a um sujeito com tendências a apreciar pistões. E estávamos quase convencendo o Fred de que isso era impossível quando o André vence a prova. Hurras, vivas, arquibancadas comemorando e chega o Luiz Carlos Azenha para entrevistar o André. Faz aquela pergunta totalmente Glória Maria, "Qual é a emoção de ganhar em casa, no Rio?". E aí, ele me sai com essa:


- Ai, Azenha... dá um formigamento por dentro...


Não tivemos como não olhar para a cara do Fred, triunfal depois de uma declaração como essa do André, com aquele sotaque de paulista e num tom de voz absolutamente afetado (pela emoção, claro...). O Dino foi quem quebrou o silêncio:


- É, Fredão... pode ser... formigamento por dentro é demais!


Quem é doido de dizer que tem formigamentos por dentro?

26 de março de 2007

A coisa tá preta pra ele!


Não sei se já disse isso aqui, mas se não disse, devia ter dito. A frase é de autoria desconhecida, mas nem um pouquinho menos sábia por causa disso: "É melhor ser feio igual ao Belo e dormir com a Viviane Araújo do que ser bonito que nem o Gianecchini e dormir com a Marília Gabriela".
Depois de anos sendo considerado um dos homens mais cobiçados do Brasil, sempre amarrado com a Marília Gabriela, em franca decadência e com aquela permanente voz de quem tem um ovo quente na boca, o cara se separa! Putz, finalmente ele vai aproveitar! E aí, depois de umas recaídas com a ex, ele cai nos adiposos braços de... Preta Gil! Vou te dizer, viu? Se mau gosto desse cadeia, a prisão perpétua tinha que ser instituída no Brasil. Aí, eu vejo o Marcos Mion em seu novo programa, o Mucho Macho, dizendo que vai fazer a alegria de uma encalhada dando-lhe uns beijinhos, fosse ela trabuco, maneta, banguela, baranga, canhão ou outra espécie de horrorosidade qualquer. E me lembrei que ele também já andou fazendo a alegria da Preta Gil em priscas eras. Donde se pode concluir que:
1) Tem gente que, não importa a cara que Deus tenha lhe dado, tem um mau gosto filho da puta para escolher a cara de quem namora!
2) Tem homem que gosta mesmo de fazer a alegria das encalhadas. Depois da Preta Gil, qualquer coisa desce...
Quem é doido de só gostar de mulher feia?

20 de março de 2007

O carro músico

O jornal A Tarde, cumprindo sua obrigação de informar o leitor e deformar a língua portuguesa, tarefa a que seus jornalistas (com ressalvas, duvido que gente que cometa tantos erros de português tenha realmente um diploma de curso superior de jornalismo, mas vá lá que seja...) se dedicam com aparente inabalável dedicação, faz mais uma das suas na hora de dar a notícia de que uma caçamba de lixo desceu desgovernada a ladeira da Avenida Cardeal da Silva e acabou acertando cinco outros carros. Até aí, tudo bem. Mas aí, no fim, a reportagem cita um dos proprietários de um dos carros atingidos que perguntava quem ia pagar o "concerto" do seu carro.
Ora, se é esse o problema, ele acabou: eu pago! Sim, sim, é verdade! Eu pagarei! Afinal, nunca vi um carro tocar música, deve ser interessante. Já o conserto (com S) do carro e, provavelmente, do português do pseudo-jornalista que escreveu a matéria, isso é outra questão. O carro pode até ter jeito, mas jornalista que confunde concerto com conserto, esse eu duvido...

Quem é doido de não saber escrever conserto direito sendo jornalista?

12 de março de 2007

Trocadilhando

Acharam que eu peguei pesado na explicação sobre a origem do Cazaquistão, do Uzbequistão e da Tailândia. Isso não é nada. Esperem meus 13 leitores para saber o que a USP (Universidade Soteropolitana de Porralouquice, vocês já sabem, não confundam com a homônima invejosa e menos famosa...) está preparando sobre a origem dos 3 países mais musicais da américa latina: a Argentina Turner, a Bolívia Newton-John e os Chile Peppers. Vocês não perdem por esperar...

Quem é doido de fazer uns trocadilhos desses?

9 de março de 2007

Corrigindo a História


Para aqueles entre meus 13 leitores que não sabem, este cara aí na foto (escolhi uma em que ele aparece com umas mulheres para compensar tão nefanda imagem...) é o comediante inglês Sacha Baron Cohen, encarnando seu grande personagem, Borat, "o segundo melhor repórter do glorioso país Cazaquistão!". Mas quem sabe onde fica o Cazaquistão, como se formou, essas coisas? Pouca gente sabe. E o pouco que se sabe cai por terra agora, com as recentes descobertas da USP (Universidade Soteropolitana de Porralouquice), que obriga a todos a reverem seus conceitos sobre a região. Ocorre que, inicialmente, os habitantes dessa região eram divididos em três grupos distintos, com características especiais. Mas com uma coisa em comum: todos os três povos eram grandes consumidores da cannabis, a boa e velha maconha. Um grupo, formado por malandros e espertos, não comprava e não cultivava nada e se limitava a andar por entre os demais grupos para ver se alguém descolava para eles uma preza, perguntando "E aí, cadê esse baseado?", "E aí, cadê o 'beque?'", "Onde é que os 'beques' estão?". Esse povo, de tanto encher o saco dos outros, acabou dando origem ao Uzbequistão. Do mesmo modo que os Uzbeques (os nascidos no Uzbequistão) sempre perguntavam onde estava a marofa, dois outros povos respondiam a pergunta. E, dadas as diferenças entre as respostas, deram origem a dois novos países. Um deles, um grupo muito mão-de-vaca, amarradinho e pão-duro, não gostava de dividir o que tinha com ninguém. Por isso, quando encontravam os Uzbeques fazendo suas tradicionais perguntas, sempre respondiam que "Não tenho", "Não trouxe nada comigo", "Ô, rapaz, ficou em casa", "Ih, é em casa que estão...". Esse povo deu origem ao (arrá!!!) Cazaquistão, embora haja uma corrente de cientistas da USP (sempre lembrando, Universidade Soteropolitana de Porralouquice) que acredita que esse povo também escondia o que tinha no casaco, daí vindo o seu nome. Seja como for, o terceiro e último povo era caracterizado por uma grande generosidade e um permanente desprendimento, que permitia gestos de grandeza, inclusive para com os Uzbeques. Assim, sempre que os Uzbeques perguntavam onde é que estava a parada, este povo respondia prontamente "Tá na mão!", "Olha ela aqui!", "Ta aí!". Estes deram origem à Tailândia, país que recebe generosamente os doidões do mundo até hoje.

Fica aqui, então, a correção para a História. Registre-se!


Quem é doido de chamar um país de Uzbequistão???

Idade nova, cara nova

E aí, meus 13 leitores? Gostaram???

6 de março de 2007

Know-how


O tradicional papel de cigarros ("seda") Smoking agora é, segundo diz a embalagem, made in Argentina.

Finalmente nossos hermanos (porque amigo se escolhe; irmão, não) resolveram aproveitar a sua vasta experiência em levar fumo...


Quem é doido de não reconhecer que os caras entendem do assunto?

Parabéns pra você, nesta data querida...


Pois é, este blog aniversariou em fevereiro e nem mesmo este desnaturado pai se dignou a dizer nada.
Pois que seja atrasado este parabéns, como deve ser parabéns de brasileiro. E que sejam muitos mais os anos de vida. E poucos os de trocadilhos... E que sejam parabenizados também os meus 13 leitores, que, além do bom-gosto, têm um bocado de paciência...

Para compensar, escolhi um modelo de bolo menos convencional, espero que minhas leitoras relevem o fato. Queriam o quê? Este blog é heterossexual...

Quem é doido de esquecer o aniversário do próprio blog?