27 de novembro de 2007

O espanta-genros




Para a história fazer sentido, é preciso que, antes de mais nada, você conheça o Naldinho, um primo meu pra lá de engraçado. Para começar, de "inho" ele não tem nada. São pelo menos 180 quilos de graça, com uma barba cerrada que pode deixá-lo igualzinho ao Brutus,aquele do Popeye. E bem que ele tem seus momentos de Brutus. Esse foi um deles, narrado pelo próprio:

"Chego em casa e já vejo o carro do namorado da Soninha, minha filha, lá embaixo. Aliás, importado, o valor dava uns quatro do meu. Ela estava trazendo o cara para me conhecer. E eu já estava puto, tinha tido um dia foda, difícil mesmo. Aí, chego lá em cima e encontro o malandro com os dois pés no sofá e a cabeça no colo da Soninha. Levantou, me cumprimentou e eu nem deixei ele falar:

- Sônia, por favor, busque uma cadeira na sala.

Ela foi, buscou, sem entender nada e colocou na minha frente. Convidei o rapaz a sentar e só disse isso para ele:

- Agora, encosta as costas inteiras nas costas da cadeira. Isso! Agora, coloque os dois pés no chão. Isso! Viu? É assim que se senta na casa dos outros...

O que eu tive que ouvir da Sônia depois foi um absurdo, mas não resisti. E, de quebra, o safado nunca mais teve coragem de aparecer lá em casa! Pensando bem, até que foi bom..."




Quem é doido de ter o Naldinho como sogro?

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