16 de dezembro de 2006

Te espero na saída...

Imaginem meus 13 leitores a seguinte situação: você é neto de um sujeito que é general, comandante do exército de seu país. Esse general e o presidente a quem ele fielmente servia, como manda a constituição do país, é deposto por um "colega" de farda, que assume o poder. Você foge e vai morar em outro país. Um belo dia, neste país, seu avô e sua avó vão sair de carro e o veículo explode, matando a ambos. Investigações confirmam que o ex-"colega" de seu avô está envolvido no caso. O que você faz?

Francisco Cuadrado Prats, neto de Carlos Prats, o general chileno que foi obrigado a se refugiar na Argentina após o golpe de Pinochet e explodiu no carro junto com sua esposa, esperou. Esperou anos e, após a morte de Pinochet, esperou horas na fila, em meio à multidão que queria olhar para os cornos do sujeito pela última vez. Quando chegou a sua vez de ficar em frente ao caixão, ele soltou uma senhora cusparada em cima do cadáver do assassino de seus avós e se retirou, calmamente, do local. Declarou apenas que havia "esperado muito por este dia". E lamentou não ter podido fazê-lo com Pinochet ainda vivo, pois este vivia se escondendo.

O QED? presta aqui sua homenagem. Afinal, atitudes como essa não poderiam ficar sem o devido reconhecimento.


Quem é doido de não achar esse Francisco Cuadrado Prats uma figuraça?

13 de dezembro de 2006

Quando um burro fala...


O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, foi vaiado durante um discurso para os jovens, numa universidade de Teerã. Aos gritos de "assassino, assassino", Ahmadinejad teve problemas para continuar sua fala.

O QED?, que nunca foi com a cara desse sujeito (veja aqui), se solidariza com quem gritou e lembra de um ditado que diz que "você pode enganar todo o povo por algum tempo, enganar uma parte do povo por todo o tempo, mas não pode enganar todo o povo todo o tempo".

Bom saber que no Irã ainda tem gente sensata.

Quem é doido de aturar o Ahmadinejad?

Deixa de moleza, homem!


Em 1986, depois de uma consagradora vitória nas urnas, derrotando o então imbatível ACM, Waldir Pires assumiu o governo da Bahia apenas para abandoná-lo dois anos depois e embarcar na furada canoa da candidatura a vice na chapa de Ulysses Guimarães, que, além do jingle do "bote fé no velhinho que o velhinho é demais", nada acrescentou à política nacional. Desde então, parece ter se especializado em deixar tarefas incompletas e mal feitas por onde passa. Quando ele ganhou a eleição, uma piadinha começou a correr a Bahia. Dizia o seguinte: imagine que você era passageiro de um avião que caiu no meio da mata. Você está perdido, sem água, sem comida e cercado de animais selvagens e machucado, sem poder andar. Por milagre, você consegue acionar o rádio com o restinho de bateria que ainda existe e se comunicar. Você é avisado de que uma expedição está pronta para partir para o seu resgate, mas que você precisa decidir uma coisa: quem vai comandar a expedição. Os candidatos são o ACM e o Waldir Pires. Só restam alguns segundos de bateria. O que você responde?

Não tenho dúvidas de que uma expedição comandada pelo ACM ia abrir uma estrada de 20 metros de largura na mata, arrasar tudo pelo meio do caminho, mas ia chegar. E, se vacilar, antes do prazo. E ele ia se vangloriar disso durante anos. Com todas as reservas que eu tenho em relação a ele, que não são poucas, ainda acho que seria preferível a ter que ver o Waldir "Moleza" explicando porque a expedição não funcionou...

Sabe quando o tráfego aéreo vai se normalizar enquanto ele for ministro da Defesa? Vai esperando...

Quem é doido de colocar um moleza onde é preciso alguém de pulso?

12 de dezembro de 2006

Vai para o inferno, Pinochet!!!


Pinochet morreu! Mais um dos sanguinários ditadores latino-americanos que se vai, para prestar contas ao diabo (porque Deus não deve nem querer conta com esse tipo de gente... quer dizer, de pessoa... ah, sei lá, com esses tipos, enfim). Se muito não me falha a memória, é o último que sai de cena (dos antigos, claro, o Hugo Chávez ainda não conta e o Fidel parece que não volta mais...). Nesta foto, ele aparece ao lado de Salvador Allende que, inocentemente, não percebia quem era o seu chefe do exército e pagou por isso com a vida.

E agora, vejo que Pinochet (será que Pinochet vem de Pinóquio?) será cremado.

O "Quem é Doido?" protesta! Se fosse para fazer justiça, não deveriam ter esperado ele morrer para cremar... queimava vivo, mesmo!

Quem é doido de não estar feliz com mais um ditador que se vai para o diabo que o carregue?

7 de dezembro de 2006

Que fora!

Será que vocês, meus 13 leitores, acharam o meu compadre Paulo meio sem-noção? Então, deviam ver do que é capaz uma família unida. Durante a festa do casamento do Paulo, eu estava lá, tranquilão, uísque na mão, batendo um papo com o irmão da noiva e algumas outras pessoas. Nisso, vem o irmão do Paulo, todo esbaforido e me pergunta:

- Ô, Coelho, você viu o irmão da noiva por aí? Aquele com cara de viado...

Tentei de todas as formas fazê-lo entender que a pessoa ao meu lado era o tal "irmão com cara de viado". Que, por sinal, ouviu nitidamente e ficou, logicamente, puto com o comentário. Quando percebeu a gafe, o irmão do Paulo tenta sair de fininho:

- Pera aí que meu pai está me chamando ali do outro lado do salão! Vou ver o que é!

Piorou. Uma das pessoas que conversava comigo e com o irmão da noiva era o próprio. Depois, em particular com os noivos e o irmão do Paulo. comentei a história. Eis que o Paulo cutuca a mulher e comenta:

- Viu aí, amor, como não sou só eu que acho que ele tem cara de viado?

Definitivamente, se o Paulo não existisse, tinha que ser inventado!

Quem é doido de dar um fora desse?

Que beleza!

Depois de "Cadê Tereza?", "Surfin' Bird", Letícia agora canta "Que beleza", do Tim Maia.

Essa sobrinha não pára de me deixar orgulhoso...

Quem é doido de não ficar feliz em ver que a sobrinha tem bom gosto musical?

Apaga ela!


Levanta e sacode a poeira! Mais de mês sem postar é, no mínimo, uma grandessíssima desconsideração aos meus tão estimados (e agora mais participativos) 13 leitores.
Então, vou começar a abrir o baú de histórias do meu compadre Paulo "Nikolaus Lauda", amigo-irmão de mais de 20 anos, cuja sutileza e tato são sempre motivo de admiração de minha parte. Como, por exemplo, no aniversário da avó de sua então esposa, a simpática Dona Floripes. Restaurante em São Paulo, família reunida e eu lá, de penetra na festa familiar. Não sei quanto a meus 13 leitores, mas eu detesto essa coisa de parabéns, pique-pique, chegou a hora, anjos dizendo amém, etc. Mas, infelizmente, é tradição e, fora o meu aniversário, não posso impedir nos outros... Pois lá vinha ele, o indefectível bolo com a velinha e a família cantava tudo o que a Dona Floripes tinha direito. Lá pelas tantas, vem a clássica "Chegou a hora de apagar a velinha" e o Paulo, com a sutileza e o tato que eu apontei anteriormente, coloca a mão no ombro da Dona Floripes e manda essa:

- Calma, Dona Floripes! Eles disseram apagar a velinha, não a velhinha. Não é nada com a senhora...

Se você ficou sem-graça lendo, imagine a minha cara, sentado ao lado do Paulo, com a família inteira olhando para ele com cara de quem decidia se dava uma surra na hora ou deixava para mais tarde. Sem nem se importar com os olhares, ele ainda me cutuca e larga:

- Essa foi boa, hein?

Foi, Paulo, foi boa. Foi boa a oportunidade de ficar calado que você perdeu, compadre... Mas, verdade seja dita, ainda me divirto horrores sempre que me lembro da cara da Floripes...

Quem é doido de dizer uma coisa dessas no aniversário da Dona Floripes?