7 de dezembro de 2006

Apaga ela!


Levanta e sacode a poeira! Mais de mês sem postar é, no mínimo, uma grandessíssima desconsideração aos meus tão estimados (e agora mais participativos) 13 leitores.
Então, vou começar a abrir o baú de histórias do meu compadre Paulo "Nikolaus Lauda", amigo-irmão de mais de 20 anos, cuja sutileza e tato são sempre motivo de admiração de minha parte. Como, por exemplo, no aniversário da avó de sua então esposa, a simpática Dona Floripes. Restaurante em São Paulo, família reunida e eu lá, de penetra na festa familiar. Não sei quanto a meus 13 leitores, mas eu detesto essa coisa de parabéns, pique-pique, chegou a hora, anjos dizendo amém, etc. Mas, infelizmente, é tradição e, fora o meu aniversário, não posso impedir nos outros... Pois lá vinha ele, o indefectível bolo com a velinha e a família cantava tudo o que a Dona Floripes tinha direito. Lá pelas tantas, vem a clássica "Chegou a hora de apagar a velinha" e o Paulo, com a sutileza e o tato que eu apontei anteriormente, coloca a mão no ombro da Dona Floripes e manda essa:

- Calma, Dona Floripes! Eles disseram apagar a velinha, não a velhinha. Não é nada com a senhora...

Se você ficou sem-graça lendo, imagine a minha cara, sentado ao lado do Paulo, com a família inteira olhando para ele com cara de quem decidia se dava uma surra na hora ou deixava para mais tarde. Sem nem se importar com os olhares, ele ainda me cutuca e larga:

- Essa foi boa, hein?

Foi, Paulo, foi boa. Foi boa a oportunidade de ficar calado que você perdeu, compadre... Mas, verdade seja dita, ainda me divirto horrores sempre que me lembro da cara da Floripes...

Quem é doido de dizer uma coisa dessas no aniversário da Dona Floripes?

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