31 de outubro de 2011

Hoje o riso amanheceu triste

Foi num dia em que estávamos na empresa que ele tinha com o irmão que começamos a falar de família (a dele, lá ele, é enorme) e eu dizia justamente sobre a falta que faz você estar próximo à sua. E que, sem contar meu pai, minha mãe, minha irmã e minha sobrinha, o familiar mais próximo que eu tenho está a dois mil quilômetros de distância. Para ele, foi o que bastou para convocar a todos os presentes:

- Pessoal, por favor, o assunto é sério, peço a presença de todos aqui. O negócio é o seguinte: Marcelão aqui está sentindo falta da família dele. E, como nós somos amigos do cara... ABRAÇO COLETIVO!!!

E foram várias pessoas me abraçando ali. E o pior é que teve gente que acreditou que eu estava mesmo na maior deprê, precisando de um abraço. Ele se divertia com a minha cara. Se divertia tanto que se tornou tradição. Sempre que eu encontrava a peça, lá vinha, apesar dos meus protestos (nada contra o carinho dos amigos, mas era um excesso de testosterona que não era dos mais agradáveis...), mais um abraço coletivo que ele convocava.

Pois hoje essa tradição se foi, junto com essa peça rara, única. Comemorou seus 40 anos no dia, no dia seguinte também e, na hora em que resolveu ir para casa, no meio do caminho, o coração, que já vivia a assustá-lo, pregou-lhe uma última peça, cruel. E ficamos sem o Maurício. Morreu, como disse o irmão dele, "com dois contos no bolso". Não era, definitivamente, um profeta. Se fosse e tivesse podido prever o que vinha pela frente, teria, certamente, transformado esses derradeiros dois contos em mais uma cerveja. A ser bebida, certamente, com as centenas de amigos que fez pela vida, entre os quais, orgulhosamente, me incluo. E com toda a alegria que ele, generosamente, espalhava por esse mundo afora.

Valeu, amigo. Eu fiquei sem meus abraços coletivos. E você, fica com Deus! Nós, que aqui ficamos, te lembramos. Hoje e sempre.

Aquele abraço, Maurição! Coletivo, certamente, pois somos muitos os amigos que vão sentir a sua falta.

26 de outubro de 2011

Uma resposta que não responde

E não é que os canalhas competentes funcionários da Electrolux responderam à minha queixa? Quer dizer, continuo na dúvida se foi um ser humano quem redigiu isso ou se saiu de um daqueles programas automáticos de respostas, no melhor estilo do gerador de lero-lero (não conhece? Ei-lo).

Segue na íntegra o e-mail estilo "não é comigo, não".


Informamos que recebemos sua reclamação através do Site Reclame Aqui,e informamos que nossos produtos são produzidos com o mais alto controle de qualidade, no esforço para que durem o maior tempo possível, não sendo possível estabelecer um período para que o produto apresente ou não alguma alteração.

Para satisfação de nossos consumidores oferecemos além da garantia de fábrica, toda uma estrutura de atendimento, a fim de que possamos verificar e solucionar as situações que porventura venham ocorrer.

Para maiores esclarecimentos, estamos à sua disposição através do atendimento (removi o número para não fazer propaganda pra esses desclassificados sujeitos).

Atenciosamente
Contact Center Electrolux



A respeito de tão adorável missiva,  eu poderia dizer que, se a Electrolux produz com a qualidade que fala, não haveria problemas em estabelecer um prazo de funcionamento, sim. É o que fazem as empresas sérias e comprometidas de verdade com a qualidade de seus produtos. Talvez seja por isso que a Electrolux não faça...
Poderia dizer que foi a tal "estrutura de atendimento" que eles alardeiam a responsável pelas trocas efetuadas até agora, nenhuma das quais durou mais de seis meses.
E poderia, finalmente, dizer que o correto é "situações que porventura venham A ocorrer", não "situações que venham ocorrer", como escreveu o analfabeto esforçado funcionário que fez esse texto.

Mas não digo nada, não. O que me resta é esperar o técnico vir trocar a tal peça (pela quinta vez!) e, assim que dispusermos de uma área com mais espaço (só compramos a Electrolux porque era a única que cabia no espaço que tínhamos), trocar essa maldita máquina que vive dando problema. E nunca, nunca mais mesmo, comprar qualquer produto que tenha a marca da Electrolux.


Quem é doido de tentar resolver o problema do consumidor assim? E quem é doido de comprar um produto da Electrolux?


25 de outubro de 2011

De cara nova

E aí, curtiu?

Eu também vou reclamar

Mas trocar a mesma peça de novo? Assim não dá!
Já dizia o bom e velho maluco beleza que pra fazer sucesso (e vender disco de protesto) o negócio é reclamar. E, já dizia meu avô, reclamar pra quem? Ao bispo? Ao Papa? Chorar no pé do Caboclo do Campo Grande (no resto do Brasil, lugar de chorar é a cama, que é quente. Na Bahia, lugar de levar chororô é o Campo Grande, onde somos todos convidados, em algum momento da existência baiana, a chorar no pé do Caboclo, que habita o topo de um obelisco e é símbolo da independência da Bahia, mas deixemos isso para a aula de história...)?

Pois o fato é que eu, cansado de ter que trocar uma peça da lavadora de roupas de casa (já foram quatro trocas da mesma peça, sendo que nenhuma das peças trocadas chegou sequer a completar um ano funcionando), comecei a achar que talvez, quem sabe, sem querer insinuar nada, a Electrolux faça mesmo um produto de péssima qualidade. E, nesse caso, reclamar a quem? Daí que eu conheci um site especializado em reclamações desse tipo e resolvi tentar. Não adianta nada, afinal, ficar aqui puto da vida com a Electrolux e não compartilhar isso com eles. Coloquei minha reclamação aqui. E aguardo uma resposta desses enganadores cavalheiros. Sei lá, vai que dá certo. Como dizia Raul, o negócio é reclamar.

Quem é doido de não achar estranho ter que trocar a mesma peça de um mesmo aparelho cinco vezes em três anos?

21 de outubro de 2011

Ói nóis aqui traveis

Pois é: fumos e vortemo.

Ói nóis aqui traveis!