30 de novembro de 2007

Chora, "miséra"!


Primeiro o Vitória voltou à elite do futebol e depois o Bahia respirou após escapar do inferno da terceirona. Então, acho que já dá para arriscar contar essa história sem expor a vida de seu personagem ao risco. Era a fatídica tarde em que, abraçados, Bahia e Vitória cairam para a terceirona. Chegando em casa, meu amigo e colega de flamenguice Gabiru chegou à sua morada e encontrou o porteiro em prantos, choroso pela queda de seu Baêa. Compreensivo, humano, ele abraça o porteiro e exorta-o a olhar em volta, aproveitando a localização elevada do prédio, de onde se tem uma abrangente vista de Salvador:


- O senhor está vendo isso tudo, seu João?


Desconfiado do rumo da conversa, o bom porteiro olha aquela vista e começa a perceber que futebol era, de fato, um assunto menor diante da vastidão do mundo. Agradecido, olha para o Gabiru:


- É, bonito, né?


Ignorando os riscos (e a Convenção de Genebra, que proíbe a tortura) e levando ao pé da letra o tal do "perco o amigo mas não perco a piada", o Gabiru fulmina:


- Bonito uma porra! Tudo isso aí que o senhor tá vendo, seu João, tudo isso, é tudo terceira divisão!!! Agora chora, "miséra"!


Até hoje me pergunto como é que o porteiro não matou o cara...


Quem é doido de dizer uma coisa dessas para um torcedor fanático?

27 de novembro de 2007

O espanta-genros




Para a história fazer sentido, é preciso que, antes de mais nada, você conheça o Naldinho, um primo meu pra lá de engraçado. Para começar, de "inho" ele não tem nada. São pelo menos 180 quilos de graça, com uma barba cerrada que pode deixá-lo igualzinho ao Brutus,aquele do Popeye. E bem que ele tem seus momentos de Brutus. Esse foi um deles, narrado pelo próprio:

"Chego em casa e já vejo o carro do namorado da Soninha, minha filha, lá embaixo. Aliás, importado, o valor dava uns quatro do meu. Ela estava trazendo o cara para me conhecer. E eu já estava puto, tinha tido um dia foda, difícil mesmo. Aí, chego lá em cima e encontro o malandro com os dois pés no sofá e a cabeça no colo da Soninha. Levantou, me cumprimentou e eu nem deixei ele falar:

- Sônia, por favor, busque uma cadeira na sala.

Ela foi, buscou, sem entender nada e colocou na minha frente. Convidei o rapaz a sentar e só disse isso para ele:

- Agora, encosta as costas inteiras nas costas da cadeira. Isso! Agora, coloque os dois pés no chão. Isso! Viu? É assim que se senta na casa dos outros...

O que eu tive que ouvir da Sônia depois foi um absurdo, mas não resisti. E, de quebra, o safado nunca mais teve coragem de aparecer lá em casa! Pensando bem, até que foi bom..."




Quem é doido de ter o Naldinho como sogro?

23 de novembro de 2007

Fazendo escola


Não sei se é o caso de dizer que é um bar que, com esse nome, tem tudo para agradar ou se uso a frase de encerramento clássica:


Quem é doido de ir no Quem é Doido?

Aos que se interessarem, fica, garante uma fonte, em Lençóis (a fonte deve ser de água mineral...). Vão e me contem como é...