Ontem, no Congresso Nacional, uma cena inusitada aconteceu em uma dessas inúmeras CPIs que pululam por aí, na CPI das Armas, se não falha a memória. Estava depondo o advogado do tal do Marcola, líder do PCC. Esquivo e cheio de evasivas, como seria de se esperar, o advogado irrita tanto o presidente da CPI que, lá pelas tantas, ele perde a paciência e comenta, irônico:
- Pelo visto, o senhor aprendeu bastante com a malandragem...
Mas em tempos de lama total, mensalão e pizzas a granel, a resposta do advogado não poderia ter sido melhor. Sem nem deixar a bola quicar, de bate-pronto, ele diz::
- É, a gente aprende rápido aqui...
Prenderam o advogado por desacato, mas só para esclarecer uma coisa, cabe uma pergunta: este Congresso que se sentiu desacatado é o mesmo onde 11 mensaleiros, alguns confessos, foram absolvidos? É o mesmo onde 170 congressistas estão envolvidos em fraudes com ambulâncias? É o mesmo onde um dos ex-presidentes achacou o dono de um restaurante? Ah, então tá bom... tinha mesmo todo o direito de se sentir ofendido... ofendidíssimo, aliás!
Está inaugurada uma nova categoria de piadista no Brasil: o cara que perde a liberdade, mas não perde a piada!
Quem é doido de permitir que parlamentares assim e advogados assim estejam por aí em liberdade?
Um comentário:
Marcelo
O “advogado” Sérgio Wesley da Cunha está aprendendo rápido como as coisas funcionam aqui no Brasil. Viu como é rápido ser preso e algemado por desacato e mais ainda ser solto três horas depois. Assim até eu xingo deputado na câmara.
Um abraço
Marco Aurélio
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