17 de maio de 2006

Racionamento racional


Vejam vocês, meus 13 leitores, que algumas coisas realmente são contraditórias nesta vida. Como, por exemplo, a Justiça brasileira entrar em greve. Se eles nunca trabalham normalmente, como é que fazem greve? Trabalhando, para variar? Porque se eles pararem de vez, ninguém vai nem perceber nada, vai parecer tudo normal, não é mesmo? Pois na Inglaterra foi anunciado que, após infrutíferas tentativas de evitar a medida, um racionamento de água terá que entrar em vigor durante o verão. Tanto na região de Londres, onde vivem 8 milhões de pessoas, como na região sul, onde o número de habitantes chega a 1,2 milhão de pessoas, a água será racionada. As medidas de contenção incluem a proibição de “uso não-essencial” da água e proíbe as donas-de-casa de usar mangueiras.
Ora, racionar água não deverá ser problema para os britânicos, que só perdem para os franceses quando o assunto é falta de banho. Meu velho conhecido, o Lord Hunter, o britânico mais britânico que há (“Depois de Sua Majestade, of course!”), à parte o fato de se preocupar com o futuro do gramado de seu campo de golfe, certamente diria que “já que banhos não são considerados essenciais, foram a primeira coisa que aboli em meu castelo. O único problema é que, como a patroa também não está podendo usar a mangueira, nossa vida sexual tem ficado prejudicada. Ao invés das nossas 3 transas anuais, teremos apenas uma. O que é mais seguro, se nos lembrarmos que a mangueira também terá que ficar sem banho”.

Quem é doido de racionar a água do banho?

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