
Tardinha caindo, verão chegando e um carro novo escolhido, à espera apenas da aprovação do financiamento, lá ia eu, feliz da vida, me despedindo do carro velho. Tão feliz que nem hesitei quando o telefone tocou e eu vi o número familiar de São Paulo chamando: só podia ser o compadre Paulo. Atendi fiel ao nosso estilo de cumprimentar que, se não é coisa de gente fina, é coisa de amigo:
- Diga, sua grandissíssima putona!!!
Do outro lado, mal disfarçando seu constrangimento, ouço uma voz nada familiar:
- Senhor Marcelo, aqui é do banco, sobre o financiamento que o senhor pediu...
- E que acabei de perder, não é? – foi o melhor que consegui dizer, antes de explicar à moça, com o número do telefone quase igual ao do compadre, exceto por um único número, que se tratava de um engano...
Quem é doido de atender o telefone assim?
Nenhum comentário:
Postar um comentário