18 de maio de 2006

Clodovil na estação de esqui


Durante a mesma viagem que contei em um dos posts anteriores (A Mala), outra história engraçada ocorreu comigo e com o colega que me ajudou a executar a vingança tão brilhantemente. Como já foi dito, ele é um dos caras com mais presença de espírito que conheço, daqueles capazes de tiradas sensacionais em apenas um segundo, que perdem o amigo, mas nunca a piada. Para que eu também não perca o amigo, evitarei nomes.
Um frio de rachar nos recepcionou na primeira manhã, colocando todos os baianos a procurar casacos, mantas ou qualquer coisa que aquecesse. Por já ter certa experiência com o frio, eu tinha um bom equipamento. Vesti meu velho casaco verde e desci para o café, bem a tempo de me encontrar com o tal colega espirituoso, que fazia piadinhas com todos. Estava uma graça, de calças roxas de esqui com suspensórios, camisa de gola rulê e um sobretudo jeans com gola de pele, num modelito exótico, para dizer o mínimo. Ao me ver, saudou-me, em frente aos colegas e ao pessoal do hotel que servia o café:
- Vejam aqui mais um capítulo da série “A Bahia no frio”.
Ao que respondi, na lata, apontando para o modelito do rapaz:
- E aqui, mais um capítulo da série “Clodovil na estação de esqui”.
E mais não disse. Não precisou. Até o dono do hotel caiu na gargalhada ao ver o sujeito naqueles trajes. O copeiro quase deixou cair a bandeja de tanto rir. Os colegas adoraram a piadinha. E o meu amigo, que deixou a bola quicando na área, pedindo para ser chutada, até hoje não gosta muito nem de falar no Clodovil. Acho que é receio de que alguém se lembre...

Quem é doido de mexer com quem está quieto?

Um comentário:

Anônimo disse...

Essa eu lembro. E também lembro quem foi!
Huahuahuahuahuahua...