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No mesmo Carnaval, no fim de outro dia, já escurecendo, surge o Julim e conclama:
- Aí, galera, vamos dar uma animada. Trouxe um negócio legal.
E aí, puxando de dentro de seu bat-cinto de utilidades, a sunga, ele saca um suspeitíssimo papel de jornal e desembrulha uns misteriosos comprimidos de lá de dentro:
- Isso é ginseng coreano, é legal para repor as energias!
E já foi tomando logo uns quatro comprimidos. Eu e um outro amigo que estava conosco aceitamos também uns dois ou três comprimidinhos de ginseng. Quando nos demos conta, tinha a maior galera observando nossos movimentos. Com a simpatia que lhe é peculiar, o Julim estica o suspeito papel de jornal com as mais suspeitas ainda pílulas nele e oferece para um casal que estava observando:
- Você aceitam um ginseng?
O sujeito, mais do que rápido, tomou a frente da mulher e, com cara de ofendido, respondeu:
- A gente não usa essas coisas, não! Tá pensando o quê?
Só o Julim, mesmo!
Quem (além do Julim) é doido de levar um embrulho tão suspeito para a avenida?
E, com essa derradeira história de Carnaval, peço licença a meus 11 leitores para merecido descanso e para só retornar depois de ficar cansado de não fazer nada nesse período.
Bom Carnaval!
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