16 de fevereiro de 2006

A Dona da Bunda



”Emprestei” essa história para o blog de um amigo, o Histórias Massa (historiasmassa. blogspot. com) até o dia em que tivesse o meu. Estou pegando de volta agora. É absolutamente verídica, vivida e testemunhada por mim e por um grande amigo, em cuja casa eu estava hospedado em São Paulo, perto do Carrefour da Pamplona.Numa noite de sábado, fomos comprar umas cervejas e uns petiscos no tal Carrefour e, no meio do supermercado, passa por mim uma figura que ficou famosa como Rainha do Bumbum há uns 10 anos atrás (sem trocadilho nesses anos atrás, por favor...). Era a Nilza Monteiro. A marmanjada com certeza há de se lembrar dela, os assíduos leitores de Sexy e Playboy mais ainda. Pois é, era ela mesma, em carne (muita) e osso. Mas logo que reconheci o rosto, é claro que quis ver se o porta-malas era aquilo tudo mesmo que parecia ser, se a fama era mesmo merecida. Mas não é que a gravidade já tinha começado o seu trabalho? Era triste, mas era verdade. A bunda da moça, aquele impávido colosso de outrora, virara gigante adormecido e, a olhos de expert, um tanto flácido.Sem contar que o 3X4 da moça não era dos mais vistosos. Chamo a atenção do meu amigo para o fato. Ele não reconhece. Eu pergunto se ele lembra quem é: "A Rainha do Bumbum, saiu na Playboy, na Sexy, um pedação de morena, não lembra, não?". Ele lembrava, mas insistia: não podia ser ela. Demos um jeito de passar por ela de novo. Escolhia uns vinhos, distraída. Meu amigo se espanta, cutuca, cochicha. Era mesmo ela. A decepção foi idêntica. Comentávamos o fato na fila do supermercado, com o sarcasmo que nos é peculiar:
- Mas quem diria, hein? Rainha do Bumbum... como a natureza sabe ser cruel!
- Mas também, queria o quê? Fez a fama mostrando a bunda. Quando a bunda acabasse, era lógico que a fama acabava também.
- Mas é uma decadência miserável, né?
- Ô. Eu nem reconheci. Não diria que era ela nunca. E além da bunda estar caída, como é feinha, não? Devem ter retocado bastante as fotos...
- Pois é. E os peitos? Caídos... Murchinhos...
Fomos interrompidos no nosso exercí­cio de crueldade por uma longa fungada, daquelas de quem já estava há muito tempo segurando as lágrimas, seguido por um choro desolado.Olhamos para trás e vimos a própria, que estava bem atrás de nós na fila e ouvia toda a conversa. Saiu correndo e foi se abraçar com um homem, que estava com ela quando a vimos antes, provavelmente seu namorado, marido ou o que fosse. Achamos melhor não esperar para saber. O cara era grande pacas! As compras ficaram para o dia seguinte.
Na saída, o golpe de misericórdia:
- E ainda é chorona... histérica!

Quem é doido de acreditar em tudo o que vê nas revistas?

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