3 de abril de 2006

Da poltrona


Assisti de minha fiel poltrona o fim de semana esportivo (aliás, alguém sabe se o substantivo poltrona tem algo a ver com o adjetivo poltrão?). Teve de tudo: F-1 de madrugada, futsal pela manhã, vela ao meio-dia e futebol à tarde. Uma coisa de cada vez:

Essa história está começando a ficar chata... parece que só a Renault andou trabalhando entre o final da temporada anterior e o início desta. Mais um passeio do Alonso, com direito inclusive a poupar o carro no final. O asturiano declarou que “a corrida esteve sob controle durante todo o tempo”. Foi exatamente o que pareceu. Ele só teve trabalho para escolher a hora certa de passar o Button. E, de quebra, fez isso numa manobra limpa, calculada, diria até mesmo arrogante. Ficou atrás do inglês rigorosamente até a linha de chegada e, então, despachou-o e fez da corrida o que quis. Alonso teve o grande mérito de aprender a andar na frente na temporada passada e isso agora lhe está sendo de grande valia. No mais, boa corrida do Button, Barrichelo poderia olhar para o inglês e aprender como se dirige uma Honda. Button não merecia o motor explodindo nos últimos metros, assim como o Burrinho não merecia os pontos que herdou do companheiro de equipe, que aliás, foi pole position... ta ficando difícil a vida de quem depende de desculpas esfarrapadas para andar sempre atrás de outro piloto. Para quem é o recordista de GPs disputados (sim, meus 13 leitores, Burrinho atualmente é o piloto mais experiente da F-1 ainda em atividade. Se fosse pra aprender alguma coisa, ele já tinha aprendido...). Se é por falta de adeus, Burrinho... até logo, tchau, vai tarde!
Massa foi afoito na primeira volta, não foi tão precavido em relação aos outros e pagou o preço. Acabou saindo da prova por culpa dos outros. Melhor do que ficar e bicar o carro no muro que nem o Schumacher. Para a Ferrari, é bom que as coisas comecem a funcionar na próxima corrida, ou poderá ser tarde demais.
A F-1 começou a dar sono. Me acordem quando alguém encostar na Renault...

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Aquele segundo gol da Seleção Brasileira de Futsal ontem contra o Japão, com o Falcão dando de letra... o que foi aquilo??? O goleiro japonês deve estar até agora tentando entender! Maravilha, maravilha!!!

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Então, fica combinado assim: domingo sim, no outro também, tem uma lambança dos árbitros no Campeonato Paulista. Parece que algum gaiato descobriu a frequência dos famosos radinhos e fica assoprando besteira no ouvido dos caras. Só pode ser... Desse jeito, até o cego Jatobá vai querer apitar futebol.

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Na largada para o trecho até Baltimore da Volvo Ocean Race, a regata de volta ao mundo, o Brasil 1 foi prejudicado por ter queimado a largada. Até aí, tudo bem, acontece nos eventos mais disputados da vela mundial e, geralmente, quem larga melhor fica a alguns segundos de queimar a largada. Calculado o tempo para se cruzar a linha na hora da sirene que dá a largada, é torcer para o cálculo estar correto. Às vezes, dá certo. Ás vezes, como ontem, não. Mas, como se isso não bastasse, tinha uma fragata da Marinha bloqueando o caminho do nosso veleiro. E o pior: nem era da marinha Argentina, era da nossa, mesmo!
Com uns amigos desses, quem precisa de inimigos? Nota zero para o capitão da tal fragata, que deveria apenas ter garantido que nenhum barco entrasse na área da regata. Acho que o capitão se empolgou e resolveu não deixar ninguém sair também. Deve ser por isso que confundem capitão-de-fragata com cafetão de gravata...

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Quem é doido de não aproveitar um domingo nublado para curtir um esporte na TV?

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