23 de outubro de 2006

Demorou, mas chegou!


Senhoras e senhores, a espera acabou! O Brasil já tem um piloto prontinho para reviver as alegrias de 1972, 1974, 1981, 1983, 1987, 1988, 1990 e 1991. Massa mostrou na segunda metade desta temporada que fez a lição de casa direitinho e agora cobiça legitimamente o campeonato mundial na próxima temporada. Este blogueiro avisa desde já, e podem cobrar: Massa campeão do mundo em, no máximo, dois anos. Se o azar do Kimi Raikkonen for realmente crônico, vai ficar mais fácil ainda. Pode até ser que ele não ganhe, mas está pronto para isso. E ontem, em Interlagos, recebeu uma espécie de unção dos deuses da velocidade, tornando-se o piloto a fazer sua melhor primeira temporada na Ferrari desde o começo da equipe e da F-1, há 56 anos! Não é pouca coisa, não. Além é claro de ter ganho o GP de casa na primeira oportunidade real que teve. Sem promessas, sem ridículas sambadinhas, sem desculpas, sem chororô. Massa sabe que, para os grandes pilotos, as vitórias são a regra, não são a exceção. Grandes pilotos eventualmente se emocionam bastante, mas em geral têm aquele ar blasé quando ganham, a vitória não é nenhuma novidade. Que diferença para o... ah, quer saber? Deixa esse cara pra lá. Não vamos abaixar o nível da conversa.

Sobre a corrida do Schumacher, que mais posso dizer? O cara mostrou que está se retirando no auge, com condições de ainda dar uma surra em qualquer dos moleques que aí estão, tentando conquistar seu lugar ao sol. Corrida brilhante, de recuperação e desconfio que o cara devia estar com o maior sorriso debaixo do capacete, se divertindo horrores na sua última corrida (será?). E, novamente, deu uma surra (outra!) de cabo de vassoura no Fisichella, humilhou o italiano e me deixou ainda mais animado com as possibilidades do Nelsinho numa equipe em que o primeiro piloto toma um drible como o “físico” tomou ontem. Podem escrever essa também: na hora do aperto, Fisichella não vai aguentar. Aliás, ele ficou chateado com uma comentário (infeliz, é verdade) do Nelsinho, dizendo que espera ficar com a vaga de titular quando Fisichella se aposentar, dentro de um ano ou dois. O italiano respondeu rispidamente e disse que “se ele está esperando eu me aposentar para correr na Fórmula-1, vai esperar mais umas seis temporadas”. Muita marra pra alguém que anda fazendo o que ele anda, não? Só um detalhe: Nelsinho não precisa esperar ele se aposentar. Basta ele sair da Renault. E isso pode acontecer antes do que muita gente espera. Principalmente o Fisichella...

Duas do Nelsinho. Primeira: pergunta de um repórter da Globo, Clayton Conservani, se não me engano, “Você falou com o Alonso, como ele está, está tenso?”. E ele, tranquilão, “não, não falei. O cara está a minutos de disputar o título mundial, a última coisa que ele quer é gente conversando com ele. Eu também faria o mesmo”.
Segunda: pergunta de um repórter da Playboy, “Você quer ser um ídolo do esporte como o Ayrton Senna”. E ele: “Não, como o Senna não, e sim como o meu pai!”.
Alguma dúvida de que vem um legítimo Piquet por aí?

Quanto a Alonso, nada mais a fazer agora além de comemorar. O fato de ter sido Schumacher o piloto que ele derrotou só aumenta seu mérito. Um grande piloto, sem dúvida, e um legítimo campeão do mundo. Ele que aproveite, ano que vem vai ter Massa pela frente. E de Ferrari!

Quem é doido de não gostar desse esporte?

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