Em um bar de Salvador, encontro um amigo que me faz o convite para participar de sua mesa. Aceito o convite e me deparo com ninguém menos do que o grande meio-campista Toninho Cerezo, ex-jogador do Atlético Mineiro, da Sampdoria e da Seleção, craque de bola, injustamente marcado pela bobagem que fez na Copa de 1982, quando deu um passe milimétrico para o Paolo Rossi, italiano, marcar um de seus três gols, que acabariam por nos tirar da Copa com a Seleção do Telê, com craques como Zico, Sócrates, Falcão, Júnior, Leandro e outros.
É lógico que alguém mencionou o assunto na mesa e o Cerezo já começou a fazer cara de quem não gosta muito desse papo. Começaram, então, a falar do polêmico lance do Cerezo na Copa, comentavam que devia ser muito chato conviver com isso, quando interrompi:
- Mas isso é um absurdo. Só um maluco colocaria a culpa no Cerezo nesse caso! Para mim, a culpa não pode ser dele!
Cerezo sorri, as pessoas concordam. Arremato, então:
- A culpa é do Falcão, que deixou o Cerezo sem marcação para fazer o lançamento para o Rossi... Se tivesse marcado em cima, isso não acontecia!
Até o Cerezo riu. Certamente, deve ter concordado comigo quando digo que sempre tem um debochado...
Quem é doido de fazer uma brincadeira dessas na frente do Cerezo?
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