4 de março de 2008

O dia em que encontrei o Chuck Berry


Acabava o show do Chuck Berry em Belo Horizonte (Era 96 ou 97? Ih, esse neurônio encontra-se fora da área de cobertura ou encontra-se desligado...) e nós, eu e dois amigos, entre impressionados com a vitalidade do velhinho e extasiados pelo show, íamos entrando no carro e nos preparando para o pequeno engarrafamento que havia se formado à porta da casa de shows, na Via Expressa. Íamos passando exatamente em frente à casa de shows quando um sujeito começou a tentar parar o trânsito. Parei e passou uma Mercedes na minha frente. Achei um desaforo o cara parar o trânsito para passar uma Mercedes na minha frente e, desrespeitando a indicação, avancei e assumi o lugar logo atrás da Mercedes. Atrás de mim, em atitude desesperada, surgiu uma van. Os engravatados dentro da van estavam nervosos, agitados, gesticulando para o Mercedes. Avancei e emparelhei com a Mercedes para ver quem era. Adivinhou? Ninguém mais, ninguém menos que Mr. Berry em pessoa, o bom e velho Chuck, ao volante, com uma loura fenomenal ao lado. Na van, seguiam seus seguranças, desesperados com a interferência daquele carro entre eles e o protegido. O sinal fechou. Chuck parou. Parei também, bem ao lado dele, para pânico dos engravatados. Abaixamos os vidros e, súditos fiéis, aproveitamos aquela oportunidade, quiçá única, e buzinamos, gritamos e fizemos reverência a Chuck em plena rua: “Master, master, master!”. Chuck se divertiu. Riu horrores, de verdade, agradeceu e, intrepidamente, subiu a rua na contramão com a van atrás e deixou a mim e a meus dois amigos parados no sinal, gritando uns com os outros, sem acreditar na sorte que tiveram naquela noite. No final das contas, o Chuck é que viu um show da gente...
Quem é doido de não tietar o Chuck Berry?

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