18 de janeiro de 2008

Chora, miséra II


ACMinho, Grampinho, Cabelo de Playmobyl (ou como vocês preferirem chamar o deputado federal ACM Neto) deve ter uma memória (convenientemente) curta, bem como seus colegas Demos. Ontem, na Lavagem do Bonfim, protestava o pocket congressman, o deputado de bolso, em altos brados por estar a Prefeitura (escrita com maiúscula apenas por respeito à norma, não ao prefeito, fique claro...) arrancando as faixas que ele colocou, deixando as dos demais políticos, aliados do prefeito e do governador:

- É um ato arbitrário, que confronta com a democracia, e que sobretudo desrespeita a natureza da festa de Senhor do Bonfim, onde cada um livremente pode manifestar a sua devoção - afirmava o mini-deputado.

Ora, ora, parece até que o mini-deputado esqueceu que foi seu avô quem ensinou essa lição à então oposição, que também bradava. A diferença é que a TV Bahia não mostrava os brados deles como mostrou ontem os do mini-deputado. Questionado pela reportagem da emissora, o prefeito assegurou não haver orientação no sentido de retirar as faixas e que o funcionário seria identificado e punido.

Arrisco-me a dizer que punido exemplarmente. Com, digamos, umas duas semanas de licença remunerada e um aumento no salário...

Definitivamente, está mais que provado que quem nunca comeu melado, quando come se lambuza. Mas pelo visto, parece que também quem nunca pastou, quando pasta se engasga...

Quem é doido de ter a memória tão fraca assim?

Para poupar meus leitores, este post vai com ilustração só da lavagem do Bonfim. Foto do deputado-chaveirinho, ninguém merece...

2 comentários:

Anônimo disse...

Fantástica resenha caro Marcelo. Gostei do termo pocket congressman.

Marcelo Stern disse...

Que bom que alguém gostou... porque se o próprio lesse... ou melhor, se algum assessor lesse pra ele... não sei, não... Aliás, se eu amanhecer com a boca cheia de formiga, já tem um suspeito forte...